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Sindicatos são contra

EUA discute o fim da obrigatoriedade de máscaras nos voos

Sindicatos de pilotos são contra a antecipação do fim do uso da proteção e temem variante Delta


Sindicatos temem a nova variante Delta do coronavírus e são contra a proposta

O Congresso dos Estados Unidos iniciou conversas para aprovar uma regulamentação adicional para encerrar a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os voos no país, bem como em outros lugares públicos. Contudo, a proposta está recebendo forte oposição de sindicatos de tripulantes, que acham o uso de máscaras ainda é necessário.

A discussão nasce em um momento em que seis a cada dez norte-americanos já receberam as doses das vacinas contra a covid-19, resultando em uma queda acentuada de casos nos últimos meses. O reflexo pode ser notado já no relaxamento nas medidas preventivas e no tráfego de voos domésticos, que retornou aos níveis existes de antes da pandemia.

O Senado propôs que o fim da obrigatoriedade do uso das máscaras seja adotado no fim de julho, antecipando em cerca de 45 dias o prazo dado pelo Governo. A proposta inicial era encerrar a obrigatoriedade das máscaras no início de maio, mas uma avaliação concluiu ser adequado apenas o inicio de setembro, quando espera-se que a maior parte das pessoas já tenha sido imunizadas nos Estados Unidos.

A antecipação é vista com receio pelo sindicato dos pilotos, que acreditam que ainda não é seguro para retirar as máscaras dos voos e de todo o processo de viagem.

"Certamente esperamos o dia em que as máscaras não serão mais necessárias, mas ainda não estamos prontos para isso. Não deve haver dúvida sobre a necessidade de manter o mandato federal em vigor pelo menos até 13 de setembro”, disse Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Voo dos Estados Unidos. “Até que a pandemia esteja sob controle, continuamos apoiando todos os esforços (...) para impedir a propagação do vírus”.

A ascensão da variante Delta do coronavírus, originária da Índia é considerada altamente infecciosa, sendo atualmente o foco de preocupação em todo o mundo. O número de casos aumentou significativamente nas últimas semanas, o que pode gerar uma nova onda envolvendo pessoas não vacinadas.

Ainda que a discussão esteja em curso no Congresso dos Estados Unidos, os parlamentares afirmaram que não há data para uma discussão final sobre a proposta.

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Marcel Cardoso
Publicado em 07/07/2021, às 09h00 - Atualizado às 15h16


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