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EUA devem aprovar lei para certificar o Boeing 737 MAX

O Congresso dos EUA devem votar um projeto de lei para aprovar de forma extraordinária a certificação do Boeing 737 MAX 7 e 10


Boeing aguarda extensão do prazo para certificar o 737 Max 10 - Divulgação
Boeing aguarda extensão do prazo para certificar o 737 Max 10 - Divulgação

O Congresso dos Estados Unidos deve aprovar um novo projeto de lei que garante a Boeing o prazo necessário para a certificação dos 737 MAX 7 e MAX 10 mantendo as atuais regras de certificação.

A Boeing obteve hoje (20), o apoio dos congressistas norte-americanos para suspender o prazo limite do dia 31 de dezembro que impõe novas diretrizes de segurança para todas as aeronaves certificadas após 1 de janeiro de 2023, incluindo um novo sistema padrão de segurança nos cockpits.

O projeto é válido exclusivamente para a certificação dos 737 MAX 7 e 10, visando não inviabilizar sua comercialização e colocar em risco o projeto. Ainda assim, algumas regras serão mantidas, mesmo que flexibilizadas de forma excepcional.

Após forte lobby da Boeing, que mudou sua sede de Chicago para Arlington, nos arredores de Washington D.C., a mudança na lei aprovada em dezembro de 2020 deverá ser votada nesta semana. O texto do novo projeto manterá a capacidade de certificação dentro das regras atuais, mas exigirá que todas as versões do 737 MAX receba duas melhorias específicas de segurança implementadas no MAX 10.

Com isso, a Boeing terá o prazo de três anos após a certificação do MAX 10 para atualizar toda a família 737 MAX com os novos itens de segurança. A vantagem é que as melhorias são pontuais e podem ser adicionadas aos aviões sem revisão de projeto. Caso a Boeing tivesse que seguir as novas regras de certificação para os 737 MAX 7 e 10, haveria mudanças consideráveis nos sistemas, inviabilizando sua comercialização como uma família de aviões.

As alterações nas regras de certificação foram impostas depois que dois acidentes fatais com o 737 MAX 8, ocorridos na Indonésia e na Etiópia, mataram 346 pessoas.

Em resposta a AERO Magazine a Boeing afirmou que "não temos nada a acrescentar".

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 20/12/2022, às 11h36


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