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Problema de material reduz vida útil dos motores

EUA determina inspeção nos motores do Falcon 7X e 8X

Problema no material utilizado na produção foi identificado nos motores Pratt & Whitney que equipam o Falcon 7X e 8X


Falcon 8X pode voar entre São Paulo e Nova York sem escalas - Divulgação
Falcon 8X pode voar entre São Paulo e Nova York sem escalas - Divulgação

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), propôs hoje (9), a inspeção dos motores Pratt & Whitney Canada PW307 que equipam os aviões executivos da Dassault Aviation.

Em documento, a FAA diz que o defeito de material identificado no disco de turbina de alta pressão (HPT) pode reduzir a vida útil dos motores PW307A e PW307D, que impulsionam respectivamente os Falcon 7X e 8X.

"Uma análise de causa raiz de um evento envolvendo uma falha incontida de um disco do primeiro estágio da turbina de alta pressão que resultou na penetração de detritos de alta energia na capota do motor e uma decolagem abortada", diz a FAA. 

Uma ação corretiva exigirá a inspeção e remoção das peças defeituosas. A medida deve afetar 63 motores instalados em jatos registrados nos Estados Unidos.

O problema foi abordado inicialmente pela autoridade de aviação civil do Canadá (Transport Canada Civil Aviation - TCCA), após publicação em maio passado de uma Diretriz de Aeronavegabilidade (AD), suspeitando da qualidade do material dos equipamentos.

A diretiva foi publicada depois da análise de um evento envolvendo o motor International Aero Engine (IAE) V2533–A5, que resultou em um incidente com um A321-200, em março de 2020.

Uma revisão conjunta entre a IAE e a Pratt & Whitney determinou que material similar afeta o primeiro e segundo estágios do disco da turbina instalados nos motores PW307A e PW307D. 

A falha pode ser semelhante a encontrada nos motores Pratt & Whitney PW1100G-JM utilizados no Airbus A320neo, decorrente de uma contaminação no pó metálico utilizado para produzir os discos da turbina de alta pressão.

A fabricante estima que aproximadamente 1.200 motores serão verificados nos próximos três anos. A empresa prevê que a maioria dos reparos ocorra até o início de 2024. 

Por Wesley Lichmann
Publicado em 10/11/2023, às 18h00


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