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Governo estaria se inclinando a um contrato sem concorrência

Bombardier pressiona Canadá por licitação para novos aviões militares

CEO da Bombardier acusa o governo do Canadá de tentar renovar sua frota de aviões militares sem licitação


Éric Martel disse que o fabricante pode fornecer aeronaves militares por um custo bem menor que a da rival norte-americana - Bombardier Defense/Divulgação
Éric Martel disse que o fabricante pode fornecer aeronaves militares por um custo bem menor que a da rival norte-americana - Bombardier Defense/Divulgação

A Bombardier reagiu com indignação à possibilidade do governo do Canadá pela compra de 16 aeronaves militares P-8A Poseidon, da norte-americana Boeing, sem licitação. 

Em depoimento ao Comitê Permanente de Defesa do país, Éric Martel, CEO do fabricante canadense, disse que seria ‘um escândalo’ se as unidades fossem compradas para a substituição dos envelhecidos CP-140 Auroras da Royal Canadian Air Force (RCAF), sem a abertura de uma licitação.

Martel argumentou que o processo contém falhas desde o começo, limitando-se apenas ao apelo ao interesse de empresas do país com o objetivo de abrir caminho para um contrato sem concorrência com a Boeing e adicionou ainda que a Bombardier pode oferecer aeronaves mais eficientes, sem citar o(s) modelo(s), por cerca de US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões) mais barato que o fabricante norte-americano.

Segundo o jornal La Presse, funcionários do alto escalão insistiram que o Poseidon seria o único modelo capaz de atender aos requisitos exigidos pelo governo, que disse não ter tomado nenhuma decisão sobre o assunto.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 09/11/2023, às 07h07


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