Picadas de animais peçonhentos podem matar. Estudantes apresentaram projeto na Febrace 2022
Três alunos da Escola Técnica Estadual de Fernandópolis, no interior de São Paulo, desenvolveram um drone que transporta soro antiveneno a vítimas de animais peçonhentos de forma autônoma, agilizando a entrega do medicamento e o socorro a estas pessoas.
Atualmente, o soro está disponível apenas na Santa Casa da cidade, fazendo com que ele seja transportado de carro de lá para a unidade básica de saúde onde a vítima está sendo atendida, o que, dependendo da distância, pode custar minutos preciosos para a sua vida.
Concebido e construído pelos estudantes Eloy Businaro Masquio, Ana Julia Casale de Andrade e Augusto Eredia Aiello Gazola, o drone é guiado por GPS e possui uma caixa acoplada para acondicionar o medicamento. Nela há um sensor para o controle da temperatura ambiente, uma vez que o soro precisa ser transportado numa temperatura entre 2°C e 8°C. Segundo Eloy, a economia de tempo com o transporte por drone foi, em média, 75% menor.
O projeto é um dos destaques da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece virtualmente até o próximo dia 26. Este e outros projetos serão julgados por professores universitários e especialistas, que farão a avaliação em teleconferências fechadas. Os autores dos melhores projetos, nas diversas categorias, ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no Brasil e no exterior. Também serão selecionados nove projetos para a Regeneron Isef, a maior feira internacional de ciências do mundo que acontece em maio, nos EUA.
Marcel Cardoso
Publicado em 15/03/2022, às 06h00
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