Um esportista fez um desafiador sobrevoo sobre os 1.252 metros do vulcão Augustine, no estado norte-americano do Alasca
Usando um parapente, um esportista fez recentemente um desafiador sobrevoo sobre os 1.252 metros do vulcão Augustine, um dos mais ativos do estado norte-americano do Alasca.
O vulcão fica em uma ilha desabitada e faz parte do arco vulcânico das Aleutas, uma cadeia de vulcões formada pela subducção da Placa do Pacífico sob a Placa Norte-Americana. Paul Guschlbauer avistou o vulcão pela primeira vez durante uma viagem à região e imaginou pousar na costa com uma pequena aeronave.
“Eu vi a montanha do continente e pensei que seria incrível voar até lá e pousar na praia. Mesmo que nenhum dos meus amigos locais soubesse os pontos exatos de pouso, eu estava confiante de que conseguiria fazer o voo de parapente quando chegasse lá”, disse o esportista.
A jornada exigiu vários anos de planejamento e um profundo entendimento tanto de voo quanto de parapente em circunstâncias desafiadoras. "Meu plano era voar o mais alto possível com o avião e então conquistar a montanha e voar para baixo", disse Guschlbauer.
Após pousar em um local adequado e subir mais 100 metros, as condições térmicas variáveis permitiram que ele voasse de parapente do cume. "Circular para cima e voar termicamente do vulcão, cercado pelo mar, foi uma experiência inigualável. Nunca imaginei que poderia pousar no cume, mas a oportunidade estava ali, e eu estava pronto".
A missão exigiu superar desafios técnicos significativos, incluindo a identificação de uma zona de pouso segura na ilha vulcânica acidentada. Utilizando ferramentas como o Google Earth para reconhecimento preliminar, Guschlbauer e sua equipe conduziram voos exploratórios para finalizar sua abordagem. Os padrões de vento imprevisíveis ao redor do vulcão exigiram um tempo preciso para garantir oportunidades de parapente seguras e eficazes.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 07/08/2024, às 09h03
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