Iata,Abear e outras entidades se reuniram com representantes do Governo Federal contra a taxa ambiental
Entidades do setor aéreo se reuniram ontem (01), em Brasília, com o Ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e com o Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, para reforçar a preocupação em relação à taxa de preservação ambiental (TPA) que a Prefeitura de Guarulhos quer cobrar das companhias aéreas que operam no aeroporto internacional de São Paulo (GRU).
Representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) defendem que a iniciativa invade uma competência exclusiva da União e fere acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, além de impactar a retomada do transporte aéreo no maior aeroporto do país e da América do Sul.
“A agenda de sustentabilidade é central para o setor aéreo. Não podemos distanciar o Brasil das melhores práticas internacionais e dos acordos que somos signatários, sob pena de prejudicar a competitividade de nossas empresas em um momento tão importante para a retomada”, reforça Jurema Monteiro, diretora de relações institucionais da Abear.
Somadas à Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib), que também se uniram ao movimento, as entidades representam mais de 290 companhias aéreas (83% do tráfego aéreo mundial).
“A instituição da TPA, além de ferir os acordos ambientais internacionais que viabilizam esses compromissos, eleva custos do setor e amplia a insegurança jurídica para as empresas aéreas, trazendo riscos e incertezas sobre o desenvolvimento da aviação no país. A taxa não contribui com esses objetivos apenas penaliza as empresas”, segundo Marcelo Pedroso, Diretor de Relações Institucionais da Iata no Brasil.
Segundo a proposta, a TPA será calculada a partir do peso total de cada aeronave antes da decolagem a partir de 1º de janeiro de 2023. No momento, sua aplicação está suspensa em razão de uma liminar judicial obtida pelo Ministério Público de São Paulo.
Marcel Cardoso
Publicado em 02/09/2022, às 14h17
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