Notícia circulou depois que a Icelandair e sindicato chegaram em um acordo válido até 2025
Proposta de substituir pilotos por comissários é completamente inviável para ser executada no curto prazo
Embora amplamente divulgado que a islandesa Icelandair teria demitido todos os seus comissários, passando a utilizar os pilotos remanescentes em novas funções, a companhia não demitiu todos os tripulantes de cabine.
A suposta e controversa ação ocorreu na semana passada, quando a direção da Icelandair afirmou que poderia demitir seus comissários e que seriam substituídos por pilotos. Porém, regras internacionais não permitem que pilotos simplesmente assumam novos cargos. Na prática os pilotos teriam de realizar um curso completo de comissário de voo, serem posteriormente treinados nos aviões da companhia, para enfim poderem desempenhar a nova função.
Ainda assim, a Icelandair obteve um acordo com o sindicato da tripulação de cabine da Islândia, garantindo a continuidade de suas operações. A empresa havia ameaçado a suspender todos os contratos com seus comissários, mas após uma negociação intensa ambos os lados chegaram em um acordo comum.
A companhia foi uma das mais afetadas pela pandemia, visto que grande parte de seus voos foram suspensos. As rotas para os Estados Unidos, principal foco de negócios da Icelandair, passaram a enfrentar problemas com o fechamento de fronteiras e baixa demanda.
O acordo estabelecido com a associação de tripulantes de cabine é válido até 30 de setembro de 2025, garantindo assim a normalidade das operações na fase mais crítica da crise e a retomada do mercado nos próximos meses.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 20/07/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h24
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