A Embraer também estuda abrir uma linha de montagem na Índia para ampliar potencial de venda do Super Tucano e do C-390
A Embraer trabalha para viabilizar a venda dos A-29 Super Tucano na Índia e para isso negocia até mesmo abrir uma linha de montagem local. A estratégia industrial permitiria não apenas ampliar sua chance com o turboélice de ataque leve, mas também aumentar sua capacidade de negociações para demais modelos, como o C-390 Millennium.
Atualmente a Índia pretende investir US$ 130 bilhões (R$ 674 bilhões) no setor da defesa.
Em entrevista ao jornal indiano Mint, Caetano Neto, executivo sênior da Embraer, relatou o interesse da venda do A-29 Super Tucano para a defesa indiana e destacou que o avião seria atraente não apenas para a força aérea indiana (IAF, na sigla em inglês), mas também para a marinha, guarda costeira e para as forças segurança de fronteira.
O A-29, além de ser um treinador avançado, também cumpre missões de ataque leve, apoio aéreo aproximando, dentre outras. Atualmente quinze países ao redor do mundo operam com o A-29 Super Tucano, desde missões de treinamento até ataque contra grupos terroristas ou narcotraficantes.
A Embraer também mira o potencial do cargueiro multifuncional C-390, que oferece elevado potencial de vendas na Índia. Até o momento, três países assinaram contrato de compra do avião: Portugal, com cinco unidades; Hungria, com dois exemplares; e a Holanda, com outros cinco.
“A Índia é um mercado importante para nós e estamos ansiosos para estabelecer parcerias locais que possam impulsionar ainda mais as indústrias e capacidades de defesa da Índia”, disse Caetano Neto em entrevista ao Mint.
Os indianos já são clientes da Embraer no segmento militar, com a IAF utilizando a plataforma do EMB145 em missões de vigilância aérea Awacs. Além disso, também opera com os Legacy 600 no transporte VIP de autoridades do governo.
A Índia tem ampliado seus investimentos no setor de Defesa e tem como destaque a aquisição de produtos bélicos de vários países, como da Rússia, Estados Unidos e da França.
Por André Magalhães
Publicado em 20/01/2023, às 11h15
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