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Crise na Ucrânia

Em crise a Rússia vai retomar produção até do Antonov An-124

Sem acesso aos aviões ocidentais a Rússia prepara retomada da produção de aviões de origem soviética


Produção do Il-96 estava praticamente paralisada há 20 anos - Divulgação
Produção do Il-96 estava praticamente paralisada há 20 anos - Divulgação

Com o avanço dos efeitos dos embargos na aviação comercial russa, o governo autorizou o aporte adicional de recursos para restaurar onze aviões comerciais de origem soviética, incluindo uma unidade do An-124.

A estatal russa United Aircraft Corporation (UAC) recebeu um subsídio extra para recolocar em condições de voo oito Tupolev Tu-204/214, dois Ilyushin Il-96 e um Antonov An-124. Os aviões estavam armazenados, sem destido definido, mas agora devem ser usados no transporte regular de passageiros e cargas.

O Antonov An-124 deverá ser recolocado em condições de voo, exigindo a produção de novos sistemas e componentes, que não apenas devem atualizar o avião, mas recuperar partes que foram retiradas em um processo de canibalização. Ironicamente, a Antonov Aircraft tem sua sede na Ucrânia, embora a Rússia jamais tenha perdido os direitos de produzir o avião localmente.

Parte os recursos serão usados para permitir atualizar os sistemas dos Tu-214, incluindo uma série de pesquisas e desenvolvimentos de componentes ocidentais utilizados no avião.

O governo russo ainda espera retomar a produção em série dos Il-96 e Tu-214, que seriam atualizados de acordo com as exigências do transporte aéreo atual. Porém, um dos entraves é a baixa cadência de produção, com não mais de vinte unidades do Tu-214 sendo produzidas no médio prazo.

Atualmente as empresas aéreas da Rússia contam com mais de 600 aviões ocidentais em serviço, mas ao menos um terço deles deverão ser canibalizados nos próximos meses.

A Rostec, o conglomerado aeroespacial e de defesa da Rússia, deverá realizar os aportes financeiros na UAC, com expectativa dos aviões das famílias Tu-214 e Il-96 serem entregues para as empresas aéreas no prazo de dois anos.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 13/05/2022, às 12h20


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