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Excesso ou falta?

Diretor da Iata questiona plano de expansão de produção da Airbus

Willie Walsh classificou os aumentos da produção como “excessivamente otimistas”


Airbus A320neo com Leap-1A

Airbus afirma que existe demanda represada para mercado de aeronaves de corredor único

O Diretor Geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Willie Walsh, levantou dúvidas sobre os planos da Airbus de expandir a produção de quase todas as famílias de aeronaves até 2025.

O anuncio da Airbus ocorreu na última quinta-feira (27), prevendo produzir mensalmente mais de 70 unidades da família A320 em até cinco anos. Segundo Walsh, o plano é “excessivamente otimista”.

Em entrevista à agência Reuters, sexta-feira (28), Walsh disse ter dúvidas da real necessidade de ampliar significativamente a produção em um momento de baixa demanda de novos aviões por parte das empresas aéreas. "Vamos esperar para ver, porque há obviamente uma grande discrepância entre o que os fabricantes dizem que vão produzir e o que as companhias aéreas decidem comprar", afirmou Walsh.

O atual diretor da associação já esteve na posição de comprador de aeronaves, quando foi presidente da British Airways e de sua controladora, a International Airlines Group (IAG). Mais tarde, em outra entrevista, o executivo voltou a comentar o número proposto pela Airbus. "Então, você sabe que eles estão no ramo de vendas. Não vejo que haverá uma exigência para tudo o que eles estão produzindo".

Em resposta, o CEO da Airbus, Guillaume Faury defendeu o anúncio feito pelo fabricante, dizendo que a demanda reprimida por voos em aeronaves de curto alcance é muito forte. Em 2019, antes da pandemia, a meta de entregues ficou abaixo do esperado por conta de empecilhos nas cadeias de abastecimento e na produção. O objetivo da ampliação da produção é atender a demanda já represada e que deverá aumentar até 2025.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 01/06/2021, às 14h00 - Atualizado às 15h20


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