AERO Magazine
Busca Facebook Instagram

  •  NOTÍCIAS 
  •  GUIA DE COMPRAS 
  •  SEÇÕES 
    First Class Radar Cultural Cockpit Talk Plano de Voo Nivel 350 Reportagens Entrevista Aviação Executiva Aviação Militar Aviação Comercial História Crônica Editorial Notícias Indústria Segurança Aviação Geral Especial Infraestrutura Feira Ensaios
  •  REVISTAS 
  •  ASSINE JÁ 
  •  MÍDIA KIT 
  • Curiosidades

    Como se definem as designações das pistas? / Peripécias do Flak Bait / 27 dias em voo


    Como se definem as designações das pistas? 

    A denominação com um número entre 01 e 36 das pistas dos aeroportos representa a diferença em graus (mais precisamente, um décimo dela) entre o norte magnético e o sentido da pista. Ou seja, uma pista chamada 09 (zero-nove, não nove) está na proa 90º leste, assim, a 18 está na 180º sul, a 27 na 270º oeste e a 36 na 360º norte (não na 0º norte). Usando o exemplo da pista 09, se ela puder ser usada nos dois sentidos, a cabeceira oposta será a 27. Se uma cabeceira for 16, a oposta será 34, o que significa que a diferença em números deve ser sempre 18 (ou 180º).

    A direção do vento é dada, de preferência, no sentido oposto, por isso, quem estiver decolando da cabeceira 18 o estará fazendo contra o vento do sul (cabeceira 36). Quando mais de uma pista aponta para o mesmo sentido (pistas paralelas), cada uma delas é identificada pelas letras L (Left/esquerda), C (Center/centro) e R (Right/direita). Por exemplo, One Five (Um Cinco) Left (15L), One Five Center (15C) e One Five Right (15R). Se o aeroporto tiver mais de três pistas paralelas, como é o caso de Dallas-FortWorth, que tem cinco pistas na mesma direção, elas são chamadas de 17L, 17C, 17R, 18L e 18R, todas orientadas na proa 175,4º.

    As designações das pistas mudam com o passar do tempo, porque os pólos magnéticos derivam lentamente na superfície da Terra e, consequentemente, o rumo magnético mudará. Dependendo da localização do aeroporto e de quanto foi a derivação, com o tempo, pode ser necessário mudar a designação da pista. Como as pistas são designadas com rumos arredondados o mais próximo de 10º, isso afetará algumas pistas mais do que a outras. Se o rumo magnético de uma pista for 233º, será chamada de Pista 23. Caso o rumo magnético tenha mudado para 228º, a pista poderá ainda ser a 23. Contudo, se o rumo magnético original fosse 226º (Pista 23), mas mudou para 224º, passará a ser a 22.

    Peripécias do Flak Bait

    O bombardeiro norte-americano que mais missões realizou sobre a Europa (202) durante a Segunda Guerra Mundial foi o Martin B-26B-25-MA Marauder “Flak Bait”, que também operou no Pacífico e no Norte da África. A aeronave serviu no 449º Esquadrão de Bombardeiros, 332º Grupo de Bombardeiros, na Oitava e na Nona Força Aérea, além de operar em bases na Inglaterra e, depois do Dia-D (quando realizou duas missões), em bases na França e na Bélgica. Em 21 meses, o “Flak Bait” recebeu mais de 1.000 buracos de balas, teve o sistema hidráulico destruído duas vezes e o sistema elétrico uma vez, voltou duas vezes com apenas um motor e outra com um motor pegando fogo.

    O nariz do “Flak Bait” está exposto restaurado na Galeria da Segunda Guerra Mundial do Smithsonian National Air and Space Museum, em Washington, DC. O restante da fuselagem do “Flak Bait” permanece nos hangares de restauração do museu.

    Projetado pelo engenheiro Peyton M. Magruder, o B-26 Marauder da Glenn L. Martin Co. foi a resposta a uma especificação de janeiro de 1939, que também chamou a atenção da North American Aviation Inc. e respondeu com o B-25 Mitchell. A Segunda Guerra Mundial fez com que o Corpo Aéreo do Exército dos EUA aceitasse os dois modelos e logo entraram em produção. A consequência foi a morte de vários homens no bombardeiro da Martin. O Exército ameaçou retirar o B-26 do combate, mas, apesar de tudo, as tripulações insistiram em ficar com a aeronave. No final da guerra, eles haviam perdido menos aviões do que qualquer outra unidade de combate e registraram um notável recorde de guerra.

    27 dias em voo

    Em 1935, o avião Curtiss Robin “Ole Miss” estabeleceu um recorde mundial de voo sem escalas. Após duas tentativas mal-sucedidas no ano anterior, Fred e Algene Key embarcaram nessa aeronave em Meridian, Mississippi, em 4 de junho, e só pousaram em 1º de julho depois de um total no ar de 653 horas e 34 minutos, ou 27 dias. Durante o voo, os Key receberam combustível e suprimentos 432 vezes a partir de outro Curtiss Robin. Eles enfrentaram tempestades e um incêndio na cabine, antes de voltarem em segurança a Meridian.

    Uma plataforma metálica instalada na parte dianteira da fuselagem tornava possível a manutenção e a lubrificação do motaor em voo, que consumiu 25.200 litros de gasolina (a razão de aproximadamente 40 litros por hora) e 1.160 litros de óleo. Seu percurso estimado foi de 84.200 km, ou mais de duas vezes a volta ao globo terrestre.

    Os Curtiss da série Robin foram produzidos no final dos anos 1920 e início da década de 1930 como uma aeronave da aviação geral de três lugares. As diferenças entre o “Ole Miss” e os Curtiss Robin de série eram um novo tanque de combustível, a plataforma metálica e um alçapão no teto para receber os suprimentos em voo.

    A Curtiss Aeroplane and Motor Company, se desviando da sua característica produção de aviões militares, projetou os Robin para o emergente mercado civil no final dos 1920. O monoplano de asa alta e três assentos voou no segundo trimestre de 1928, equipado com um motor Curtiss OX-5 Whirlwind de 67 kW (90 hp), o motor que havia sido usado pelos treinadores Curtiss JN-4 Jenny na Primeira Guerra Mundial. Uma característica que compartilhava com os monoplanos fechados Fairchild eram as janelas laterais que desciam quase até o piso da cabine.

    Um dos mais deliciosos registros da história da aviação foi o recorde estabelecido num Curtiss Robin por Douglas “Wrong Way” (Caminho Errado) Corrigan. Ele partiu de Nova York supostamente para a Califórnia em julho de 1938, mas pousou na Irlanda 28 horas mais tarde, alegando que havia lido acidentalmente sua bússola ao contrário. O intrépido piloto, ao qual havia sido negada a permissão oficial para cruzar o Atlântico, ganhou assim o apelido e encantou o mundo.

    Por Santiago Oliver

    Publicado em 10 de Novembro de 2013 às 00:00


    Curiosidades pista decolar Flak Bait Martin B-26B-25-MA Curtiss Aeroplane and Motor Company Curtiss Robin

    Artigo publicado nesta revista

    F-16 pode substituir Mirage

    AERO Magazine 234 · Novembro/2013 · F-16 pode substituir Mirage

    Com impasse do F-X2, caças da Lockheed Martin estão na mira da FAB

    • Caravan Blackhawk XP42A Ensaios
    • Cilindros saudáveis Cockpit Talk
    • Rotas diretas Nivel 350
    • 50 anos do PT6 História
    • CSeries decola Aviação Comercial
    • A350-1000, o concorrente do 777 Aviação Comercial
    • Boeing lança programa 777X Aviação Comercial
    • Caças F-16 na mira da FAB Aviação Militar
    • Biturbina para utilidade pública Aviação Geral
    • De volta à velocidade de cruzeiro Feira
    • Curiosidades Curiosidades
    • First Class First Class
    • Cartas Cartas
    • Soluções provisórias Editorial

    Mais Curiosidades

    A guerra de Santos Dumont

    A guerra de Santos Dumont

    Trem de pouso do tipo lagarta

    Trem de pouso do tipo lagarta

    Repórter Aéreo

    Repórter Aéreo

    Uma fábrica que nunca entregou um avião

    Uma fábrica que nunca entregou um avião

    Pode espionar ‘à vontade’

    Pode espionar ‘à vontade’

    Monitorado por ressonância

    Monitorado por ressonância

    Os aviões e a guerra

    Os aviões e a guerra

    Bell com asas fixas

    Bell com asas fixas

    Mad Men homenageia Lear 23

    Mad Men homenageia Lear 23

    Cinematográficos MiG

    Cinematográficos MiG

    Gulfstream G700

    Escolha sua assinatura

    Impressa
    1 ano
    Impressa
    2 anos
    Digital
    1 ano
    Digital
    2 ano

    +LIDAS


    Após cinco anos de atraso aeroporto Catarina é homologado pela Anac 1 Notícias

    Após cinco anos de atraso aeroporto Catarina é homologado pela Anac

    Boeing alerta autoridades dos EUA sobre perdas bilionárias 2 Notícias

    Boeing alerta autoridades dos EUA sobre perdas bilionárias

    Gulfstream entrega primeiro G500 na Europa 3 Notícias

    Gulfstream entrega primeiro G500 na Europa

    Airbus atinge a marca de 20 mil aeronaves vendidas 4 Notícias

    Airbus atinge a marca de 20 mil aeronaves vendidas

    AERO Magazine
    Revista TÊNIS
    Revista ADEGA
    Melhor Vinho
    AERO Magazine América Latina
    Sabor.Club

    Inner Editora Ltda. 2003 - 2019 | Fale Conosco | Tel: (11) 3876-8200