Exercício simulado amplia integração e colaboração internacional, além de permitir troca de conhecimento sobre aeronaves e procedimentos
A Cruzex 2024, maior exercício simulado de guerra aérea da América Latina, que ocorre na Base Aérea de Natal (RN), contou com observadores de dezesseis países. Representantes de África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai acompanharam o treinamento militar promovido pela Força Aérea Brasileira.
Segundo a FAB, o objetivo dos observadores foi entender as operações e as táticas adotadas na Cruzex, com potencial de aplicar o conhecimento em seus próprios países. O Equador e o Canadá, por exemplo, enviaram especialistas em coordenação e cibersegurança, enquanto França e Alemanha focaram em táticas de combate e respostas a ataques rápidos.
Durante o exercício, os observadores participaram dos briefings e debriefins e puderam acompanhar as Missões Aéreas Compostas (Comao), que simulam cenários de combate ativo.
O General da África do Sul destacou positivamente a padronização no debriefing e na validação dos resultados, o que reforça a troca de conhecimento entre as Forças Aéreas. Aliás, mesmo que os observadores não participem das operações de voo ou manobras de combate, têm permissão para acompanhar os voos e atividades táticas a uma distância segura, obtendo uma visão ampla do treinamento.
A Força Aérea também destacou que os observadores receberam instruções sobre as capacidades do KC-390 Millennium da FAB e participaram de um Comao com todas as delegações, além de conferirem a linha de voo do F-39 Gripen, esclarecendo algumas dúvidas residuais que ainda tinham sobre a aeronave.
Segundo o Diretor da Cruzex 2024, Brigadeiro Ricardo Guerra Rezende, comentou sobre a importância dos observadores e interação entre as forças aéreas de seus países durante o Cruzex 2024.
“Ter esses países aqui representou um passo importante na construção de um espaço aéreo mais seguro e bem coordenado. Com essa colaboração, podemos desenvolver uma cultura de defesa mais colaborativa e ágil, essencial para enfrentar ameaças contemporâneas que exigem uma resposta conjunta”, comentou o militar.
Por Micael Rocha
Publicado em 14/11/2024, às 08h30
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