O Cruzex Cyber é um componente que testa a defesa aérea das forças participantes
A edição 2024 do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex) incluiu pela primeira vez um componente cibernético em suas operações, com o objetivo de unir as áreas de defesa aérea e cibersegurança em uma frente única, aumentando a capacidade de resposta a ameaças em ambos os domínios.
Denominado de Cruzex Cyber, ele utiliza o formato Capture The Flag (CTF) para testar e aprimorar as capacidades cibernéticas das forças participantes. Durante a simulação, as equipes enfrentam cenários de ataques cibernéticos que imitam situações de conflito real.
“Esse treinamento é mais do que uma competição. É uma preparação prática para defender nossos sistemas em um cenário onde as ameaças cibernéticas são tão críticas quanto as físicas”, disse o Tenente-Coronel Aviador Tiago Josue Diedrich, Chefe da Célula de Operações Cibernéticas.
A integração do componente cibernético à CRUZEX 2024 permite que forças aéreas de países como Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru e Estados Unidos treinem de forma conjunta, respondendo a ameaças cibernéticas com uma abordagem colaborativa.
A sinergia entre operações cibernéticas e aéreas proporciona às forças armadas maior precisão e inteligência, com dados em tempo real que permitem ajustes de rota imediatos, identificação rápida de ameaças e prevenção de fratricídios (incidentes em que forças amigas são atingidas por engano). Em cenários de conflito real, essa integração pode ser decisiva para o sucesso de missões, minimizando o uso de recursos e otimizando estratégias.
Além dos benefícios estratégicos, o Cruzex Cyber representa uma economia significativa de recursos. Através das simulações virtuais, pilotos e equipes de segurança digital enfrentam ameaças em um ambiente controlado, reduzindo a necessidade de treinamentos físicos e os custos associados.
A Cruzex 2024 vai até o próximo dia 15 de novembro.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 06/11/2024, às 09h43
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