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Carbono neutro

Boeing revisa para baixo o número de pedidos do 777-9

Mudança no modelo contábil reduziu o total de encomendas firmes para 191 aviões


777-9 ainda não conquistou o sucesso de vendas do antecessor, o 777-300ER

Após uma revisão dos regulamentos contábeis a Boeing anunciou que 118 pedidos para a família 777X não são mais considerados firmes, reduzindo o total de encomendas confirmadas para apenas 191 aviões.

A Boeing passou a utilizar o padrão de contabilidade ASC 606, que exige que as vendas com risco de queda sejam removidas da carteira. Atualmente o site da Boeing mostra um total de 350 encomendas para o 777-9, mas não confirma mais o status do pedido. Atualmente diversas empresas aéreas revisaram o cronograma de entregas de novos aviões, enquanto outras estão optando por modelos menores, como o 787.

Durante a divulgação do balanço de 2020, a Boeing anunciou um custo de US$ 6,5 bilhões relacionado ao programa do 777X e a expectativa de que as primeiras entregas ocorram apenas 2023. A Boeing também revisou o projeto, mantendo apenas o 777-9 em desenvolvimento, postergando o projeto do 777-8, a versão de menor capacidade e ultralongo alcance.

O novo 777-9 esperava manter o mesmo sucesso do antecessor, o 777-300ER, que se tornou o modelo padrão de praticamente todas empresas aéreas do mundo. Porém, a maior eficiência de modelos menores, como o 787-9/-10 e A350-900, possibilitaram a abertura de novas rotas. A demanda projetada para os próximos anos, como consequência da pandemia, também tornou pouco atrativo o uso de aviões de grande capacidade, tornando incerto o sucesso do 777-9.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 02/02/2021, às 15h30 - Atualizado em 03/02/2021, às 16h34


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