Depois de mais de 50 dias de greve e de um hiato pós-acordo, a Boeing enfim retomou a produção do 737 MAX
A Boeing anunciou na última terça-feira (10), que reiniciou a produção do 737 MAX após mais de dois meses de paralisação, devido a uma greve de 53 dias liderada por mais de 30.000 operários, que pleiteavam melhorias salariais.
Apesar de a greve ter sido encerrada por meio de um acordo contratual, a retomada da produção não ocorreu de forma imediata. Antes da paralisação, o fabricante planejava fabricar 38 unidades do 737 MAX por mês. Contudo, esse número já havia sido reduzido em relação aos 42 jatos por mês produzidos anteriormente, devido a fatores como o incidente envolvendo uma aeronave da Alaska Airlines, em janeiro.
“Nossa equipe trabalhou de forma metódica para reiniciar as operações nas fábricas no Noroeste do Pacífico. Já retomamos a produção do 737 em nossa fábrica de Renton, e nossos programas em Everett estão planejados para serem retomados nos próximos dias", disse a Boeing, em nota.
We’ve restarted 737 production after weeks of methodical preparation to ensure our teams, parts and factories are ready.
— Boeing Airplanes (@BoeingAirplanes) December 10, 2024
Our production team loaded fresh 737 MAX fuselages into the Renton factory, and teammates who helped prepare the factory are in place to resume production. pic.twitter.com/U5vkBScP07
De acordo com analistas da Jefferies, empresa de consultoria em investimentos, à agência Reuters, a Boeing deverá alcançar uma média de produção de 29 unidades mensais do 737 MAX até 2025. Foram entregues 92 aeronaves no terceiro trimestre, somando 229 unidades no acumulado do ano. Enquanto isso, sua rival Airbus divulgou, em seu relatório trimestral, que planeja atingir a marca de 75 jatos da série A320 por mês até outubro de 2027.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 11/12/2024, às 08h32
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