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Levantamento anual

Boeing entregou 34% menos aviões comerciais em 2024

A Boeing entregou 348 aviões comerciais em 2024. Uma queda de cerca de 34% em relação ao ano anterior


O 737 MAX representou a maior parte das entregas em 2024, com 265 unidades - Divulgação
O 737 MAX representou a maior parte das entregas em 2024, com 265 unidades - Divulgação

A Boeing encerrou 2024 com a entrega de 348 aeronaves comerciais, uma queda de cerca de 34% em comparação com as 528 entregas realizadas em 2023. O número reforça a ampliação da distância em relação à Airbus, que entregou 766 aeronaves no mesmo período.

O 737 MAX representou a maior parte das entregas, com 265 unidades entregues, incluindo 36 no quarto trimestre. Apesar de um leve aumento em relação a trimestres anteriores, o volume ficou abaixo das metas de produção estabelecidas pela empresa.

No segmento de aeronaves de fuselagem larga (widebody), a Boeing entregou dezoito unidades do 767, quatorze do 777 e 51 do 787. Este último tem enfrentado desafios relacionados à produção e controle de qualidade. No quarto trimestre, foram entregues quinzte unidades do modelo.

Os desafios enfrentados pela Boeing em 2024 incluíram dificuldades de produção e o impacto na confiança do mercado após os acidentes com o 737 MAX. A empresa busca recuperar a confiança de clientes e investidores.

Em dezembro, foi anunciado um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 6,05 bilhões) na expansão das operações na fábrica do estado norte-americano da Carolina do Sul, com o objetivo de aumentar a produção do 787 para dez unidades mensais até 2026.

O fabricante também enfrenta o desafio de se adaptar à crescente demanda por sustentabilidade no setor aéreo. A empresa investe em tecnologias para aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível e avalia alternativas como motores movidos a hidrogênio.

Para este ano, a Boeing deverá lidar com gargalos de produção no programa do 737 MAX e aumentar as entregas de outros modelos. O período será decisivo para retomar competitividade e reforçar sua posição no mercado.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/01/2025, às 09h16


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