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Boeing encontra nova falha no software do 737 MAX

Anuncio foi feito pela FAA e envolve sistema de alerta de atuação do compensador do avião


737 MAX está passando por uma extensa revisão do projeto e previsão é que certificação ocorra apenas em meados de 2020

A Boeing encontrou um novo problema no software do 737 MAX durante uma revisão do sistema que está sendo conduzida para permitir a recertificação do avião. O anuncio foi feito por Steve Dickson, chefe da FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos.

De acordo com o executivo o problema ocorreu com um alerta que indica que o acionamento do estabilizador horizontal não está funcionando corretamente, com uma luz permanecendo acesa por mais de um período desejado. A informação foi feita por Dickson durante um encontro em Londres, onde detalhou que a FAA tem trabalhado em uma auditoria para avaliar o progresso nos serviços de redesenho dos sistemas do 737 MAX e que problemas pontuais que estavam sendo corrigidos. “São possíveis ajustes [no sistema alerta]”, afirmou Dickson.

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O problema na prática envolve um aviso criado para atentar os pilotos quando o sistema de compensação, que é responsável por levantar e abaixar o nariz do avião, não está funcionando corretamente. A informação foi também confirmada por uma fonte da Boeing que conversou anonimamente com AERO Magazine.

De acordo com o funcionário da Boeing, o problema foi encontrado durante uma bateria de testes que está sendo conduzida para avaliar qualquer possível falha no sistema. A expectativa é que o problema seja solucionado dentro do cronograma normal, que prevê o retorno do 737 MAX para meados de 2020.

Em janeiro a Boeing já havia reportado uma falha no software, afirmando que trabalhava na correção de eventuais erros no sistema e que mantinha as autoridades e clientes informados da evolução dos serviços. “Estamos fazendo as atualizações necessárias e trabalhando com a FAA na submissão dessa mudança, assim como mantemos nossos clientes e fornecedores informados", disse a Boeing em nota.

Durante o encontro em Londres, Dickson aproveitou para ressaltar que a FAA trabalha com a Boeing para mitigar qualquer falha no projeto e que o avanço no redesenho do software segue o planejado, mas não existe um prazo final para conclusão dos trabalhos. “Não há prazo, acho que não é útil chegar lá com prazos”, disse o executivo a repórteres em um briefing.

Ao ser questionado sobre o problema no posicionamento dos cabos de energia do programa 737, que podem ocasionar um curto-circuito, o diretor do FAA afirmou que a Boeing ainda trabalha na questão. “Eles ainda não nos deram uma proposta sobre a fiação”, afirmou.

Atualmente a FAA trabalha com demais agências de aviação civil para avaliar o processo de correção de falhas do 737 MAX, mas evita em determinar uma data para recertificar o avião. “Quero que eles levem o tempo que precisarem para nos dar uma proposta abrangente e baseada em dados”, comentou Dickson.

A Boeing não respondeu aos questionamentos de AERO Magazine até o fechamento. O espaço permanece em aberto para maiores esclarecimentos por parte do fabricante.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 06/02/2020, às 14h47 - Atualizado às 17h51


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