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Efeito MAX

Boeing apresenta pior mês de agosto em sua história

Balanço divulgado pelo fabricante aponta apenas seis encomendas no último mês, ante 99 no mesmo período de 2018


Relatório da Boeing aponta que os custos relacionados ao 737 MAX aumentaram em US$ 1,7 bilhão

Envolta em uma série de problemas com seus dois principais programas em andamento, a Boeing assistiu a um dos piores meses de agosto de sua história quando apenas seis aviões foram encomendados.

O número foi apresentado durante a divulgação dos dados de vendas e entregas referentes ao mês de agosto. Em comparação ao ano anterior, a Boeing obteve 99 pedidos no mesmo período.

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Parte dos problemas é referente a incerteza sobre a data de retomada dos voos do 737 MAX, que teve sua autorização de voo suspensa em todo o mundo em março. A expectativa era que o avião pudesse voltar ao serviço em meados de agosto, mas a FAA e as autoridades aeronáuticas de outros países no mundo não possuem prazo para recertificar a família 737 MAX. Outro entrave foram os recentes atrasos no programa 777X, que enfrenta problemas com seus motores GE9X e mais recentemente uma falha catastrófica na seção traseira da fuselagem durante um ensaio estático.

O comparativo entre os oito primeiros meses de 2019 e o mesmo período do ano anterior também mostram uma drástica redução das encomendas. Em 2018 a Boeing registrou 497 pedidos entre janeiro e agosto, com apenas 73 pedidos em 2019. As encomendas mais recentes foram para dois 787-9 Dreamliner, que constam como de um cliente não revelado.

Em julho a Boeing havia informado perda por ação (GAAP) de US$ 5,21e perda por ação principal (não-GAAP) de (US$ 5,82), refletindo o impacto gerado pelo 737 MAX, que reduziu a receita em US$ 5,6 bilhões e os ganhos em US$ 8,74 por ação.

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Por Santiago Oliver | Fotos: Divulgação
Publicado em 11/09/2019, às 14h00 - Atualizado às 14h54


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