Consórcio liderado pelo banco de fomento estatal poderá elevar o valor para até R$ 3 bilhões
Aporte de capital poderá ajudar Embraer vencer período de incertezas durante a crise gerada pelo novo coronavírus
Após uma longa negociação, o BNDES aprovou um empréstimo de R$ 1,5 bilhão (US$ 300 milhões) para a Embraer. O aporte deverá permitir um novo folego financeiro para o fabricante brasileiro, fortemente atingido pela pandemia global, que reduziu a demanda por aviões em todo o mundo, aliado ao rompimento do acordo de joint venture com a Boeing.
O aporte do banco estatal faz parte de um pacote de crédito negociado com um consórcio de bancos, a maioria privados, que poderá emprestar até R$ 3 bilhões (US$ 600 milhões) para a Embraer, com condições mais competitivas que as existentes no mercado.
O BNDES vem negociando, desde abril, uma linha de financiamento para apoiar empresas brasileiras atingidas pela crise global e retração de mercados. A maior parte do consórcio é formado por instituições financeiras privadas, que trabalham junto ao banco de fomento brasileiro para criação de meios mais seguros e competitivos de injetar dinheiro na economia.
O acordo negociado com a Embraer prevê um prazo de pagamento de até quatro anos. O aporte de capital deverá reforçar o caixa do fabricante, garantindo recursos desde a fase de produção até o momento do embarque dos produtos para o mercado externo.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 16/06/2020, às 15h00 - Atualizado às 17h54
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