China havia alertado que visita de Pelosi a Taiwan teria desastrosas consequências
O Ministério da Defesa da Taiwan publicou no Twiiter que 21 aviões militares chineses voaram dentro da zona de identificação de defesa aérea (Adiz, na sigla em inglês), durante a tensa visita de Nancy Pelosi, da presidente da Câmera dos Representantes dos Estados Unidos, ao país.
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. 🇹🇼 (@MoNDefense) August 2, 2022
De acordo com o comunicado oficial, as aeronaves identificadas pelo sistema de defesa aéreo foram oito caças J-11, dez J-16 e três aviões estratégicos de controle aéreo, sendo KJ-500, Y-9EW e Y-8 ELINT.
Apesar do voo na Adiz as autoridades confirmaram que não houve invasão do espaço aéreo de Taiwan. O evento foi considerado uma clara provocação de Pequim, que havia dito que a vista de Pelosi é uma provocação a soberania chinesa.
Ao mesmo tempo, a China realiza grandes manobras militares em seu território, em uma região relativamente próxima de Taiwan. Estão circulando vídeos de veículos blindados em deslocamento pela provincía chinesa de Fujian, apenas 200 quilômetros da ilha de Taiwan, considerada por Pequim como um território rebelde.
Vale ressaltar que Taiwan alega independência, mas a China diz que a ilha é um de seus territórios e deixa visível que pretende, em algum, momento tomar o controle da região.
A presão chinesa não é recente, ao longo das últimas décadas várias manobras militares ameaçaram a soberania de Taiwan. O pequeno país investe em suas forças armadas, sobretudo na defesa aérea com os novos caças F-16 Falcon Block 70/72, a versão mais moderna do avião.
Os F-16 Falcons podem transportar os avançados mísseis ar-ar AIM-9X Sidewinder, entre outras melhorias. Vale ressaltar que, até o final de 2023, todos os caças serão modificados para a versão Block 70, tornando Taiwan o maior operador de caças F-16 na Ásia.
Por André Magalhães
Publicado em 03/08/2022, às 06h00 - Atualizado às 07h00
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