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Novo começo

Aviões da Embraer iniciam operação e nova empresa aérea dos EUA

Breeze Airways começou a voar hoje com uma frota composta por treze E-Jet de primeira geração


Embraer E190 da Breeze

Breeze terá dez E190 e três E195 na frota, além de pedidos para quase uma centena de Airbus A220

O empresário David Neeleman, fundador da Azul, lançou hoje (27) sua mais nova companhia aérea, a Breeze Airways, que vai operar especialmente em rotas secundárias nos Estados Unidos.

A empresa inicia a operação com treze aviões da Embraer na frota, sendo dez E190 e três E195, com planos de aumentar a frota antes do final do ano. Os primeiros voos serão entre a cidade de Charleston, na Carolina do Sul, Tampa, na Flórida, e Hartford, em Connecticut. Em nota a empresa afirmou que os novos destinos serão adicionados a cada semana até julho de 2021.

Essa é a terceira empresa aérea formada por Neeleman a empregados E-Jets da Embraer, sendo a primeira a jetBlue que passou a voar com o modelo em meados de 2005, em rotas troncais da empresa, em complemento aos Airbus A320. Apenas três anos depois a Azul iniciou suas operações com os E190 de primeira geração, que por vários anos foram os principais aviões da frota.  

A Breeze prevê operar com tarifas baixas e alta flexibilidade, servindo destinos a partir dos aeroportos de Tampa, Charleston, Nova Orleans e Norfolk, todos na costa leste dos Estados Unidos. Inicialmente a previsão era operar a partir de Salt Lake City, no estado de Utah.

Ainda que a Breeze seja cliente dos novos Airbus A220, com aproximadamente 80 aviões encomendados, o início das operações ocorre com aeronaves da Embraer herdadas da Azul. O empresário anteriormente iniciou as operações da empresa aérea brasileira com dois E190 oriundos da jetBlue.

“Os E-Jets da Embraer são fenomenais na concepção de novas companhias aéreas e no crescimento e suporte de novas rotas. A flexibilidade que a família de aeronaves oferece nos permite atender à demanda flutuante de forma lucrativa – exatamente o que todas as companhias aéreas precisam no momento”, comentou Neeleman.

Porém, a previsão é que os primeiros A220 comecem a ser entregues em meados de outubro, atendendo rotas mais longas. Embora o valor de arrendamento dos E-Jet de primeira geração seja bastante competitivo, especialmente após a entrada em serviço da família E2, analistas consideram que os aviões da Airbus oferecem custos operacionais consideravelmente menores. Por ora, a Breeze manterá os dois modelos na frota, mas não declara formalmente se pretende ampliar a encomenda da Embraer ou adicionar os E-Jet E2 na frota.

Os dez E190 serão configurados para acomodar 108 passageiros, enquanto os outros três E195 terão 118 assentos.

No início deste mês, a Breeze assinou um contrato de longo prazo para o Programa Pool de suporte que fornecerá uma ampla variedade de componentes reparáveis para a frota de jatos E190 e E195 da companhia aérea. O acordo mostra que ao menos nos primeiros anos os jatos da Embraer serão empregados pela empresa aérea.

Ainda assim, a Breeze negocia com a Airbus a ampliação do alcance dos A220, através da instalação de um tanque de combustível adicional, melhorando a flexibilidade de uso do modelo.

Embora o setor aéreo dos Estados Unidos comece apenas agora a retomar a confiança, o lançamento de uma nova empresa aérea não é vista como um problema para Neeleman, que mantém a confiança no potencial de mercado. “Há uma grande demanda reprimida no lado do lazer", disse Neeleman durante o World Aviation Festival, que ocorreu em abril.

A empresa espera evitar a concorrência de grandes companhias, atendendo especialmente rotas pouco exploradas, mas com grande potencial de demanda.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 27/05/2021, às 09h00 - Atualizado às 10h59


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