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EUA rebaixam a classificação de segurança aérea do México

Falha em processos das autoridades mexicanas colocam dúvidas na capacidade do país em seguir regras aeronáuticas


Boeing 787 Aeromexico

Voos da Aeromexico e outras empresas aéreas não serão afetados pela medida

As autoridades de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) rebaixou a classificação de segurança aérea do México para a Categoria 2. É a segunda vez em onze anos que o país é sofre com o índice de segurança.

Para o órgão, o México não atende aos padrões de segurança estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional (Icao). Desde outubro de 2020, a FAA cogitava o rebaixamento, depois da identificação de inconformidades com a agência federal de aviação civil (Afac, na sigla em espanhol) mexicana.

A Categoria 2 significa que a legislação de um determinado país não cumpre com diversos requisitos para fiscalizar as companhias aéreas dentro de padrões internacionais, ainda que não signifique necessariamente as companhias não são seguras.

A aparente contradição ocorre porque que mesmo o país não cumprindo requisitos internacionais, em geral as empresas seguradoras e de arrendamento realizam auditorias próprias para avaliar os níveis de segurança de uma empresa aérea.

Com a decisão, a Aeromexico, a Aeromar, a Volaris e a Viva Aerobus, principais companhias do México, ficarão impedidas de solicitar novos voos para os Estados Unidos, porém, não afeta as operações já existentes.

O rebaixamento também impede o compartilhamento de voos (codeshare), o que afeta diretamente duas companhias aéreas dos Estados Unidos como a Delta Air Lines, que possui acordo com a Aeromexico, e a Frontier Airlines, que tem parceria com a Volaris.

O rebaixamento pode ser revisto, desde que, as autoridades mexicanas revisem seus procedimentos e processos. Além disso, a mudança na classificação é restrita a FAA, sem impacto em outros países e agências do mundo. Ainda assim, alguns países tendem a seguir as normas e padrões da FAA, podendo reclassificar o México de acordo com argumentos dos Estados Unidos.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 26/05/2021, às 16h00 - Atualizado às 16h49


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