Com foco no compartilhamento de aeronaves executivas, Amaro Aviation quer aumentar utilização do modelo de negócio no país
Diante da importância que aviação de negócios representa ao país, as aeronaves deixaram de ser algo luxuoso, e passaram a atender e integrar cada vez mais as diferentes regiões do país.
A recente alteração na legislação permitiu adquirir e utilizar aviões executivos de forma mais simples e segura, além de possibilitar a abertura do mercado para novas empresas e popularizar o transporte aéreo.
Atuando no segmento de aviação executiva e com foco no compartilhamento de aeronaves, a Amaro Aviation recebeu em dezembro o certificado da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para operar com táxi aéreo.
A certificação permite a Amaro Aviation realizar fretamentos com suas aeronaves, ambas da fabricante suíça Pilatus.
Com o modelo de negócio, a empresa pretender aumentar o acesso do segmento no país. Cerca de 90% da frota nacional de aeronaves pertence à aviação geral e mais de quatro mil aeródromos podem ser atendidos através de aeronaves executivas. Para comparação pouco mais de 100 aeroportos no país são atendidos pela aviação comercial, dos 5.500 municípios brasileiros, apenas 130 recebem voos comerciais
A empresa fundada em 2020 oferece o serviço de propriedade compartilhada, ou seja, a aeronave pode ser adquirida por até 16 cotistas, em contratos com duração mínima de um ano.
Cada contratante adquire um determinado número de cotas que permite o uso esporádico da aeronave em voos de lazer, comprando um número menor de cotas, ou a disponibilidade e agilidade em deslocamentos de negócios ou de uso imediato, que necessita de um maior número de cotas.
A operação compartilhada permite adaptar a aeronave e a compra de cotas de acordo com as necessidades do passageiro. Com uma média de utilização maior, os custos fixos e operacionais são reduzidos, tornando a operação e as condições de compra mais acessível.
Para anteder seus clientes, a Amaro Aviation disponibiliza um jato Pilatus PC-24 e um turboélice PC-12 NGX.
"A ideia é permitir que a aeronave voe mais horas, no tempo em que não está sendo usada pelos cotistas, e com isso diminuir os custos fixos deles, tornando a propriedade compartilhada ainda mais atraente", afirma Marcos Amaro, CEO da Amaro Aviation.
"Nossa empresa já nasceu no modelo novo de compartilhamento de aeronaves, algo muito comum em outros mercados, como o americano, pois reduz os custos de aquisição e de manutenção, focando exatamente na necessidade de voar de cada pessoa", conclui.
Segundo o executivo, cerca de 1% da frota executiva do país é compartilhada, para comparação, nos Estados Unidos, maior mercado de aviação do mundo, metade das operações da aviação executiva é operada em aeronaves contratas no modelo de propriedade compartilhada.
Em 2023, a Amaro Aviation receberá no segundo trimestre mais um jato PC-24, além de um Cessna Grand Caravan EX. Para atender principalmente os clientes do agronegócio, no segundo semestre deste ano, a empresa espera incorporar um King Air 260.
De acordo com o planejamento, a Amaro Aviation espera receber no ano que vem seu primeiro Embraer Phenom 300E, o jato mais popular da categoria.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 06/03/2023, às 12h38
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