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Crescimento garantido

Airbus vai ampliar a taxa de produção de quase todos aviões

Fabricante está confiante do reaquecimento do transporte aéreo e mercado reage positivamente


Airbus A320neo com motor CFM Leap 1A

Produção da família A320 pode atingir as 75 aeronaves mensais nos próximos quatro anos

A Airbus anunciou hoje (27) que irá aumentar, até 2025, a taxa mensal de produção de quase todos os seus modelos de aeronaves. A expectativa é manter o ritmo de entregas apropriado para atender a demanda projetada para os próximos quatro anos, que deve se recuperar para níveis pré-pandemia.

O fabricante europeu afirma que já existem sinais de recuperação rápida do transporte aéreo, que deverá retomar um ritmo de crescimento no curto prazo. “O setor de aviação [comercial] está começando a se recuperar da crise da covid-19. A mensagem para os fornecedores fornece visibilidade para todo o ecossistema industrial para garantir os recursos necessários e estar pronto quando as condições do mercado assim o exigirem”, comentou Guillaume Faury, CEO da Airbus.

A família A320 terá uma taxa de 45 aeronaves por mês já no quarto trimestre de 2021, chegando a 64 no mesmo período de 2023 e a cerca de 75 em 2025. Para a família A220, o menor avião da Airbus, a previsão é de que a taxa passe de cinco para seis aeronaves por mês no início de 2022, podendo chegar a catorze ao longo da década.

“Estamos transformando nosso sistema industrial, otimizando nossa configuração de estruturas e modernizando nossas instalações de produção da família A320”, destacou Faury.

Nas aeronaves de fuselagem larga haverá, até o final de 2022, um aumento na taxa de produção de cinco para seis aeronaves por mês para a família A350. Para o A330neo será mantida a taxa atual de duas aeronaves por mês.

Após o anúncio, ainda pela manhã, as ações da Airbus subiam mais de 6% ultrapassando a marca dos € 100 (R$ 645).  A movimentação do consórcio europeu é uma das respostas à demanda por viagens aéreas, que está aumentando mais rápido do que o esperado anteriormente, especialmente nos mercados domésticos na China e Estados Unidos.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 27/05/2021, às 14h00 - Atualizado às 14h46


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