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Efeito colateral

Airbus se mostra contra proibir a Rússia de exportar titânio

A maior parte do titânio usado na indústria aeroespacial é produzido na Rússia e embargos não evitaram a guerra


Metade do titânio utilizado pela a Airbus é fornecido pela indústria russa - Divulgação
Metade do titânio utilizado pela a Airbus é fornecido pela indústria russa - Divulgação

A Airbus manteve a defesa da importação de titânio de origem russa, alegando que os embargos apenas prejudicaram a indústria aeroespacial e não impediram que o governo russo invadisse a Ucrânia.

A Airbus é um tradicional cliente da VSMPO-AVISMA, o maior fabricante mundial de titânio aeronáutico do mundo, mas está preocupada com eventuais apertos nas sanções. Por ora, a importação do metal não foi barrada, mas o fabricante europeu teme que a crescente lista de restrições possa incluir seu principal fornecedor na Rússia.

Basicamente metade do titânio utilizado pela Airbus é produzido na Rússia. Uma eventual proibição completa de negociação com empresas russas poderá comprometer no médio prazo a produção de aviões comerciais e militares.  

Há vários anos a Airbus estoca grandes quantidades de titânio, entre os motivos estão questões logísticas e estratégia, visto a instabilidade geopolítica causada desde a anexação a Crimeia por Moscou, em 2014.

A Airbus afirmou, em sua assembleia geral realizada na terça-feira (12) que discorda das políticas de sanções que envolver o setor aeroespacial. “Este será um pequeno impacto na Rússia e teria grandes consequências no resto dos países e na indústria”, alertou Guillaume Faury, CEO da Airbus.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 14/04/2022, às 14h48


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