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Aeroporto de Goiânia inaugura primeiro terminal de cargas 100% refrigerado do Brasil

Aeroporto de Goiânia inaugura o primeiro terminal de cargas 100% refrigerado do Brasil, dedicado ao setor farmacêutico e hospitalar


Terminal de cargas GYN
Estrutura inédita no Aeroporto de Goiânia amplia capacidade logística para produtos farmacêuticos e hospitalares, com investimento de R$ 25 milhões - Motiva Aeroportos

O aeroporto de Goiânia iniciou as operações do primeiro terminal de cargas totalmente refrigerado do país, voltado exclusivamente ao armazenamento de produtos farmacêuticos, químicos e hospitalares.

O espaço tem 2.133,31 m² de área construída e capacidade de 1.531,8 m³ em câmaras frias, garantindo controle contínuo de temperatura.

Investimento e operação

O projeto recebeu aporte de aproximadamente R$ 25 milhões da concessionária Motiva Aeroportos. “É um projeto que reforça nosso papel como promotores do desenvolvimento regional, com foco na inovação e na segurança operacional”, disse Monique Henriques, Diretora de Negócios Brasil da concessionária. 

Certificações e infraestrutura

Com todas as licenças necessárias, o terminal já está em funcionamento. A Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) autorizou operações de voos cargueiros com o Boeing 767-300F. A estrutura está localizada próxima ao pátio de aeronaves, o que permite a transferência direta das cargas sem exposição a variações de temperatura.

Tecnologia e monitoramento

O terminal possui duas câmaras frias capazes de armazenar produtos em temperaturas entre -18ºC e 25ºC. A estrutura é integralmente climatizada, do recebimento até as docas, e permite rastreamento em tempo real das cargas.

O responsável pela carga consegue acompanhar toda a jornada em tempo real, incluindo o controle de temperatura durante o período de armazenamento”, disse Lilian Françoso, Gerente de Cargas da Motiva Aeroportos.

Goiás como polo farmacêutico

O estado de Goiás concentra um dos maiores polos farmacêuticos do Brasil, responsável por 60% dos medicamentos mais vendidos no país. O eixo Anápolis–Goiânia–Aparecida de Goiânia abriga dezessete indústrias e mais de vinte laboratórios.

Somente em Anápolis, no Distrito Agroindustrial (DAIA), a produção anual varia entre sete e oito bilhões de unidades, abrangendo genéricos, dermocosméticos e injetáveis. O novo terminal fortalece essa cadeia e amplia a competitividade da indústria goiana.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 23/09/2025, às 15h34


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