Tráfego de passageiros no mês de fevereiro em Heathrow foi similar ao registrado em 1966
Pandemia e Brexit impactaram severamente no tráfego do aeroporto londrino de Heathrow
O aeroporto de Heathrow, o principal de Londres, registrou em fevereiro de 2021 o pior movimento de passageiros em mais de 50 anos. Ao longo do mês passaram pelos terminais menos de 500.000 viajantes, número similar ao registrado em 1966.
O resultado é reflexo das rígidas restrições de viagens em meio à pandemia, que assola especialmente a Inglaterra. O governo britânico adotou uma série de medidas para conter a disseminação do vírus, incluindo medidas mais rigorosas no controle de fronteiras.
O Heathrow Airports Holdings, a empresa administradora do aeroporto, explicou que colapso nos números foi devido à proibição de todas as viagens (exceto as essenciais), as quarentenas, e os testes antes das decolagens e após os desembarques.
Um dos maiores entraves no planejamento de viagens tem sido a existência de quarentena em diversos países, tornando pouco atraente o deslocamento internacional, especialmente em viagens de trabalho.
A retomada dos voos ainda deverá esbarrar em um novo problema, o maior tempo nas filas nas áreas de imigração, visto as novas normas de verificação sanitárias. No Reino Unido, a imprensa local divulgou, recentemente, que o tempo de espera chega a sete horas.
A redução nos voos de passageiros, que também transportam encomendas, impactou severamente no transporte logístico, com volumes de carga permanecendo quase 30% abaixo da média anual.
Os principais aeroportos europeus, como Frankfurt (FRA), na Alemanha; Charles de Gaulle (CDG), na França; e Schiphol (AMS), na Holanda voltaram aos níveis de transporte de cargas anteriores à pandemia e se preparam para reiniciar as operações com voos internacionais. Porém, a retomada depende de um controle da pandemia e uma vacinação em massa em todo o mundo.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/03/2021, às 10h00 - Atualizado em 16/03/2021, às 20h38
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