Movimento de Congonhas alcança 4,9 milhões no primeiro trimestre, tráfego de aeronaves supera 2019
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, movimentou 4,9 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2023, alta de 36% na comparação um ano antes, mas 12,5% abaixo dos 5,6 milhões registrados no mesmo período de 2019, ano pré-crise sanitária.
Apenas no mês de março, o aeroporto central de São Paulo contabilizou 1,7 milhão de embarques e desembarques, além 19,8 mil pousos e decolagens, o equivalente a 638 voos por dia.
Com a crescente procura por viagens aéreas, Congonhas pode encerrar o ano retornando a movimentar cerca de 20 milhões de passageiros, próximo do nível obtido em 2019, quando 22 milhões de pessoas foram transportadas. No ano passado, 18 milhões de passageiros passaram pelo terminal aéreo paulistano.
No acumulado do trimestre encerrado em março, o movimento de aeronaves foi de 55,1 mil pousos e decolagens ou 612 operações diárias. O número de operações representa uma alta de 36% em comparação ao mesmo período de 2022 e cerca de 2.000 movimentos ou 3,75% a mais quando comparado aos três primeiros meses de 2019.
Em março, o aeroporto se tornou mais competitivo com a nova oferta de voos da Azul, que dobrou sua capacidade em São Paulo, a companhia que detinha 41 pares de slots possui agora 84, e pretende deter 15% de participação no terminal. A Latam liderou a oferta de assentos em Congonhas nos três primeiros meses do ano, com 40% da capacidade total.
Ainda no primeiro trimestre, Congonhas foi eleito o melhor terminal regional do Brasil e o quinto da América do Sul, no World Airports Awards 2023, promovido pela consultoria britânica Skytrax. A premiação considerada o 'Oscar da aviação' avalia o índice de satisfação dos passageiros perante os serviços e a qualidade das instalações de mais de 550 aeroportos no mundo.
Concessão assinada
No final de março, a empresa espanhola Aena e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) assinaram o contrato de concessão do aeroporto de Congonhas, leiloado no ano passado por R$ 2,45 bilhões em um bloco com mais dez outros terminais.
Concluídos os trâmites legais previstos no edital, a administradora poderá dar início ao processo de transição para assumir os aeroportos pelo prazo de 30 anos. A expectativa é que a Aena assuma os equipamentos aeroportuários em julho deste ano.
Considerado a 'jóia da coroa' da Infraero, a nova administradora investirá R$ 3,3 bilhões em melhorias nas próximas três décadas. A expectativa é que a concessionária assuma o segundo maior aeroporto do país em setembro deste ano.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 14/04/2023, às 15h03
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