Congonhas completa 87 anos e segue sendo disputado pelas companhias aéreas brasileiras
Em meio ao processo de concessão e vital para as companhias aéreas brasileiras, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, completa hoje (12), 87 anos. Localizado no maior centro financeiro do país, terminal movimentou 18 milhões de passageiros no ano passado.
Com perfil corporativo, Congonhas é um dos primeiros a mostrar os sinais tanto positivos como negativos da economia do país. Azul, Gol, Latam e Voepass são as principais operadoras do aeroporto paulistano, o segundo maior do Brasil, atrás apenas de Guarulhos.
Os direitos de pousos e decolagens, conhecidos como slots, são disputados de forma ferrenha entre as transportadoras brasileiras. A Latam possui o maior número de autorizações, com 240, seguida pela Gol que detém 238, enquanto a Azul opera 84 e a Voepass 20. A Ponte Aérea para o Rio de Janeiro é a rota mais comercializada, seguida pela ligação com Brasília.
O octogenário aeroporto tem recebido melhorias do governo federal nos últimos anos, incluindo a implantação do sistema de parada de aeronaves na área de escape da pista, batizado Engineering Material Arresting System (EMAS, na sigla em inglês). Uma reforma na pista principal foi executada, acrescentando uma nova camada porosa de atrito, melhorando e aumentando a segurança nas operações em dias com chuva.
No terminal tanto as fachadas como as calçadas foram revitalizadas, novos equipamentos de raio-x e a implementação do sistema biométrico diminuiu as incomodas filas.
Congonhas foi eleito o melhor terminal regional do Brasil e o quinto da América do Sul, no World Airports Awards 2023, promovido pela consultoria britânica Skytrax.
A premiação considerada o 'Oscar da aviação' avalia o índice de satisfação dos passageiros perante os serviços e a qualidade das instalações de mais de 550 aeroportos no mundo.
Concessão
Congonhas liderou o bloco de onze aeroportos arrematados pela empresa espanhola Aena por R$ 2,45 bilhões no ano passado.
O contrato de concessão do terminal paulistano foi assinado no final do mês de março junto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A expectativa é que a concessionária assuma o aeroporto em setembro deste ano. A nova operadora deverá investir cerca de R$ 3,3 bilhões nos próximos 30 anos.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 12/04/2023, às 16h46
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