Exercícios ampliam as movimentações militares no ar, terra e mar do lado russo e Ocidental
A Rússia fez um treinamento simulando ataques contra navios e aeronaves inimigas que poderiam invadir a Península da Crimeia – região anexada pela Rússia em 2014. Na ação, bombardeiros Su-24 e caças Su-27 Flanker apoiaram a operação.
"No decurso dos exercícios de defesa da Península da Crimeia, das bases navais da Frota do Mar Negro e áreas de atividade econômica marítima contra potenciais ameaças militares, a aviação naval da Frota do Mar Negro praticou a caça e eliminação de um destacamento da força de assalto anfíbia do inimigo hipotético ", disse a assessoria de imprensa em um comunicado.
"As manobras estão focadas em medidas da Marinha e da Força Aeroespacial para proteger os interesses nacionais da Rússia", ressaltou a agência estatal russa TASS.
Tal exercício acontece em meio às crescentes tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Nas últimas semanas, este é o assunto de maior relevância no cenário internacional.
Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) acreditam que a Rússia possa invadir a Ucrânia a qualquer momento,mas tal ação é negada por Moscou desde o início. Contudo, o Kremelin pede que a Ucrânia não entre para a aliança militar e que a área de ação e influência da Otan seja como era em 1997: pedidos que não foram aceitos pelos EUA e pela organização.
Forças aliadas da Otan enviaram tropas e aeronaves para regiões do leste europeu (vídeo acima). O governo norte-americano e de 31 nações pediram para que cidadãos, não essenciais, saiam da Ucrânia. Em caso de invasão, já foi dito que pesadas sanções serão impostas à Rússia.
A Rússia ainda mantém milhares de militares perto do território ucraniano em exercícios com a Bielorrússia, além de treinos no Mar Negro e no espaço aéreo russo-bielorrusso (vídeo acima).
Entretanto, nesta terça-feira (15), foi informado pelo Ministério da Defesa do país que parte dos treinamentos acabou e que alguns equipamentos bélicos e tropas estão retornando às suas bases. Contudo, outros exercícios militares irão continuar.
Por André Magalhães
Publicado em 15/02/2022, às 11h30
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