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Governos pouco interessados

América Latina vê mais uma empresa pedindo recuperação judicial

Aeromexico entra com pedido de proteção contra falência para reestruturar negócio afetado pela pandemia


Empresa espera evitar fragilização economica durante incertezas da retomada pós pandemia

A Aeroméxico, principal companhia aérea do México, deu início aos procedimentos voluntários para ingresso no Capítulo 11 na lei de recuperação judicial dos Estados Unidos. Seguindo a tendência de fragilização causada pela suspensão quase total de voos, a empresa mexicana afirmou que medida serve para fortalecer a sua posição financeira e implementar as mudanças operacionais necessárias para enfrentar o impacto da pandemia da covid-19.

A Aeromexico continuará operando os voos programados durante todo o processo, inclusive planejando uma retomada gradual da malha. A companhia que faz parte da aliança Sky Team, disse que cumprirá todos os seus acordos comerciais com empresas parceiras, incluindo o compartilhamento de voos com a Delta Air Lines. Aliás, a empresa norte-americana é uma das principais acionistas do grupo Aeroméxico com 49% de participação.

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“A Aeroméxico está comprometida em todas as medidas necessárias para que possamos operar efetivamente nesse novo cenário, para estarmos bem preparados para um futuro de sucesso quando a pandemia da covid-19 passar”, disse Andres Conesa, CEO da Aeroméxico.

Com mais uma importante empresa mexicana em um processo equivalente a recuperação judicial no Brasil, fica evidente a dificuldade que as companhias aéreas da América Latina estão enfrentando para conseguirem ajuda estatal para sobreviver durante a crise do coronavírus.

Recentemente a chilena Latam e colombiana Avianca também entraram com pedido de proteção contra falência. As empresas aéreas brasileiras aguardam um posicionamento do governo Federal, que tem postergado uma solução para a crise do setor, comprometendo ainda mais o futuro da aviação comercial no país. Enquanto a ajuda não chega, recentemente a Latam e a Azul começaram a compartilhar alguns de seus voos como maneira de driblar a crise.

Por outro lado, na Europa, a Lufthansa, Air France e TAP Air Portugal conseguiram ajuda do estado, totalizando mais de US$ 10 bilhões em financiamento. A KLM conseguiu nesta semana um auxilio emergencial de US$ 3,8 bilhões.

A expectativa é que o processo da Aeromexico seja imediatamente aceito pelas autoridades, permitindo uma proteção extra durante a fase de reorganização da malha e da estrutura da companhia.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 01/07/2020, às 13h00 - Atualizado às 15h45


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