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Impactos na Argentina

Aerolineas Argentinas dará licença por dois meses para até 8 mil funcionários

Companhia registrou queda de 97% da demanda após crise gerada pela pandemia da Covid-19


Aerolineas não possui planos para retirar nenhum dos 56 aviões da frota e nem receber novos modelos

A Aerolineas Argentinas planeja uma licença de dois meses para de até 8.000 funcionários, que terão redução de 25% nos salários durante o período.

A redução representa dois terços da força de trabalho da companhia aérea argentina, hoje composta por de 12.000 pessoas. A expectativa é que a licença dure todo o mês de junho e julho, enquanto todos os funcionários contratados continuarão a receber cerca de 75% do seu salário na forma de previdência social, seguro médico e pagamentos pontuais.

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Desde o início da pandemia a Aerolineas Argentinas registrou queda de 97% na receita, aumentando ainda mais perdas da empresa. Reestatizada em meados de 2008, a Aerolineas vem passando por um processo de expansão e aporte de recursos, a maior parte oriunda de bancos nacionais argentinos.

No mês passado foi anunciado que a Austral, empresa regional, seria formalmente fundida a Aerolineas, evitando a sobreposição de rotas e horários, o que evitaria a demissão de trabalhadores de ambas empresas. A expectativa é que os 1.700 funcionários da Austral sejam absorvidos integralmente pela irmã maior.

Todavia, a expansão da crise e a redução da demanda, levou a Aerolineas a buscar uma solução temporária para a situação, optando pela licença de três quartos de seu quadro de funcionários. Atualmente a maior parte dos voos estão sendo apenas para repatriação de cidadãos fora de seus domicílios, especialmente no exterior, assim como operações especiais de emergência.  Por ora, a empresa não tem planos de reduzir sua frota de 56 aeronaves, que estão basicamente sem operar desde meados de abril.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 03/06/2020, às 17h00 - Atualizado às 18h00


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