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Adeus ao São Paulo?

Turquia vai sucatear porta-aviões do Brasil

Porta-aviões A-12 São Paulo iniciou sua viagem final para ser sucateado na Turquia


NAe A-12 São Paulo tinha como base sede a Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara,Rio de Janeiro - AERO Magazine / André Magalhães
NAe A-12 São Paulo tinha como base sede a Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara,Rio de Janeiro - AERO Magazine / André Magalhães

O porta-aviões São Paulo se despediu da Marinha do Brasil após 22 anos. O navio partiu nessa quinta-feira (4) para a Turquia, onde deverá ser realizado o desmonte do casco por uma empresa especializada.

Em 2021, o casco do navio foi arrematado R$ 10,5 milhões pelo estaleiro turco Sok Denizcilikve Tic, que será responsável pelo desmonte.

Fotos e vídeos foram publicados na internet mostram o navio aerodrómo saíndo da Baía de Guanabara, Rio de Janeiro.

Ns imagens é possível ver o grande rebocador holnadês Alp Centre , que irá conduzir a embarcação até seu destino final.

A história do NAe A-12 São Paulo começou na França, durante a Guerra Fria, quando foi incorporado pela marinha com o nome de PA Foch em 1963, ficando na ativa ate o ano 2000. Com a desativação da embarcação, a Marinha do Brasil adquiriu o Foch por aproximadamente 10 milhões, visando substituir o NAe A-11 Minas Gerais, que estava em serviço há mais de 40 anos.

O navio ganhou o nome de São Paulo e foi o nau capitânia da esquadrada da Marinha do Brasil por 22 anos, além de virtualmente ser o único porta-aviões da América Latina e América do Sul.

O A-12 operou com os caças navais A-4 Skyhawk (AF-1 como são denominados pela Marinha), que foram adquiridos em 1997 e chegaram a ser operados pontualmente no A-11 Minas Gerais. Os 23 unidades caças tiveram uma curta vida operacional, especialmente por conta dos problemas no porta-aviões. Ao longo de duas décadas o NAe A-12 esteve por apenas 206 dias no mar, percorrendo 85.334 quilômetros navegados e registrando a modesta marca de 566 operações aéreas.

A antiga embarcação colecionou uma série de problemas, como um incêndio em 2006, que provocou a morte de um marinheiro e feriu outros dois.

Desde então, uma série de problemas começaram a ocorrer, aumentando os gastos e gerando altos custos para a força aeronaval brasileira. Em 2014, foi tomada a decisão de aposentadoria do porta-aviões, que passou por um processo de oito anos de desativação.

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Por André Magalhães
Publicado em 05/08/2022, às 09h10


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