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Desregulamentação

Setor aéreo pode ter grandes mudanças no governo Donald Trump

Companhias aéreas dos EUA esperam mudanças na regulamentação do setor no segundo mandato de Donald Trump


Aeroporto La Guardia, em Nova York - Port Authority of New York and New Jersey
Aeroporto La Guardia, em Nova York - Port Authority of New York and New Jersey

O segundo mandato de Donald Trump no governo dos Estados Unidos, que começa em 20 de janeiro, pode trazer mudanças no enfoque regulatório da aviação comercial do país, segundo executivos de companhias aéreas.

Em entrevista ao canal CNBC, Ed Bastian, CEO da Delta Air Lines, disse que esta pode ser uma oportunidade para revisar normas que, em sua visão, têm restringido a indústria nos últimos anos e que a promessa de desregulamentação pode ser um "sopro de ar fresco" para o setor.

O executivo criticou as políticas implementadas pelo Departamento de Transporte (DOT) dos EUA, que incluem a exigência de reembolsos automáticos em dinheiro para voos cancelados. Ele também mencionou as investigações sobre mudanças unilaterais nos termos de programas de fidelidade e sobre a resposta da companhia aérea às interrupções causadas pelo apagão tecnológico ocorrido em julho.

Com Trump no poder, Sean Duffy, ex-congressista e comentarista da Fox Business, foi indicado para liderar o DOT. Segundo a CNBC, líderes da indústria esperam que a nova administração facilite fusões entre companhias aéreas, como a que foi bloqueada pelo governo Biden envolvendo a JetBlue e a Spirit Airlines. “Talvez esta administração tenha uma postura diferente. Não poderia ser mais restritiva do que a anterior”, disse o CEO da Sun Country Airlines, Jude Bricker, ao canal.

Robert Isom, CEO da American Airlines, disse que é importante investir na melhoria do sistema de controle de tráfego aéreo e na simplificação do processo de emissão de vistos para visitantes internacionais, questões frequentemente levantadas pelas companhias aéreas dos Estados Unidos.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 21/11/2024, às 09h03


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