Veto estava em vigor desde o dia 26 de maio e foi usado como forma de pressionar a comunidade europeia
Por dois dias as empresas aéreas europeias sofreram restrições para voar sobre o espaço aéreo russo
A agência de aviação civil russa (Rossaviatsia) voltou a liberar o acesso ao seu espaço aéreo para as companhias europeias que desviavam de Bielorrússia, e que tenham como destino a cidade de Moscou, capital da Rússia.
Por dois dias o acesso ao espaço aéreo russo esteve fechado, como forma de pressionar a Comunidade Europeia em relação a interceptação de um voo da Ryanair para prisão de um ativista político contrário ao governo da Bielorrússia.
A Austrian Airlines foi a primeira a receber permissão para realizar um voo sobre o espaço aéreo da Rússia, voando a partir de Viena, capital austríaca. Na sequência a Air France e a Lufthansa foram autorizadas a manterem seus voos para Moscou.
Segundo a agência russa, o atraso na autorização de novos planos de voo estaria relacionado ao aumento no número de solicitações de companhias aéreas. “Quando os aviões contornam Belarus [Bielorrússia], eles pedem para voar para diferentes lugares que não são absolutamente coordenados, o que leva a problemas técnicos”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Nenhuma das partes afirmou que o veto ao espaço aéreo russo teria relação com o incidente com o Boeing 737-800 da Ryanair, que foi forçado a pousar em Minsk (MSQ), capital bielorrussa, para que um jornalista opositor ao governo local fosse preso, no último dia 23. A Rússia é um dos únicos aliados do governo Aleksandr Lukashenko, considerado o último ditador europeu e no cargo de presidente da Bielorrússia desde 1994.
Tensões entre o Ocidente e a Rússia passaram atingir também a aviação comercial
Por Marcel Cardoso
Publicado em 31/05/2021, às 13h00 - Atualizado às 15h09
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