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Nada de comunicação além das fronteiras

Rússia impõe sigilo operacional às companhias aéreas do país

Companhias aéreas da Rússia não poderão enviar dados operacionais a organismos internacionais


Aviação comercial russa está em processo de deterioração desde o início dos conflitos na Ucrânia - Divulgação
Aviação comercial russa está em processo de deterioração desde o início dos conflitos na Ucrânia - Divulgação

A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia, a Rosaviatsiya, proibiu as companhias aéreas do país de enviarem informações sobre suas operações a organizações internacionais do setor, como a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

"A Rosaviatsiya relata a possibilidade do recebimento de formulários ou questionários de sindicatos internacionais e associações profissionais, incluindo a Iata, com o objetivo de coletar dados sobre a situação das empresas de aviação, no contexto da pressão de sanções à Federação Russa”, de acordo com o comunicado assinado pelo chefe do órgão regulador, Alexander Neradko.

A imposição ocorre em um momento em que a aviação local está se afundando em uma profunda crise, por conta das sanções impostas por outras nações, como consequência da invasão à Ucrânia, que começou há quase dois meses.

A aviação comercial russa está praticamente estagnada por conta do fechamento do espaço aéreo de vários países estrangeiros e da possibilidade da devolução de aviões que estão em companhias aéreas. Em março, o governo de Vladimir Putin sancionou uma lei que praticamente permite a apropriação de unidades arrendadas no exterior.

Teoricamente, metade da frota do país está impedida de voar, já que ela foi registrada com prefixos originados nas Bermudas, no Caribe, que suspendeu temporariamente os certificados de aeronavegabilidade das aeronaves, também como resposta aos conflitos.

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Marcel Cardoso
Publicado em 18/04/2022, às 06h15


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