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Fim da tempestade

Rolls-Royce tem prejuízo recorde e diz que pior já passou

Expectativa é de retomada do transporte aéreo após campanha de vacinação global


Rolls-Royce Pearl 700 um dos mais avançados motores da atualidade

Rolls-Royce continua apostando em novas tecnologias para tornar aviação mais eficiente e econômica

O fabricante britânico de motores Rolls-Royce acredita que o pior da crise gerada pela pandemia está próximo do fim. Ainda que tenha acumulado um prejuízo recorde de US$ 5,6 bilhões (R$ 31,7 bilhões) em 2020, a expectativa é de melhora para os próximos meses.

A empresa disse que seu fluxo de caixa deve cair pela metade em 2021, mas que será positivo no segundo semestre, com a expectativa de vacinação e retomada das viagens aéreas ao redor do mundo.

O modelo da Rolls-Royce de cobrar das companhias aéreas pelo número de horas que seus motores voaram significou grandes perdas em 2020, ano que a maior parte da frota global de aeronaves comerciais ficou no solo. O fabricante foi forçado a pedir dinheiro aos acionistas e assumir US$ 7,82 bilhões em novas dívidas.

Seu braço civil, cujos motores equipam especialmente os Airbus A350 e Boeing 787, responde por pouco mais da metade da receita do grupo em um ano normal. Atualmente a previsão é ampliar o número de motores vendidos, assim como viabilizar novas tecnologias mais limpas e eficientes.

A Rolls-Royce acumulou nos últimos anos uma série de falhas nos propulsores Trent 1000, dedicados ao 787, obrigando uma complexa revisão do projeto e recall de centenas de componentes ao redor do mundo. A previsão é uma normalização dos fluxos e aperfeiçoamento dos motores no médio prazo.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 15/03/2021, às 18h00 - Atualizado às 18h28


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