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Super Hercules do Egito

Rival do C-390 da Embraer vence contrato no Egito

O Egito se torna o 23º país a operar o C-130J Super Hercules e amplia frota na região


Com a adição dos novos C-130J-30, o país se junta a outros sete da região que também utilizam o modelo - Divulgação
Com a adição dos novos C-130J-30, o país se junta a outros sete da região que também utilizam o modelo - Divulgação

O Egito anunciou, no último dia do Egypt International Air Show, a aquisição de dois C-130J-30 Super Hercules da Lockheed Martin. A compra, realizada por meio do programa de venda militar estrangeira (FMS, na sigla em inglês) com a Força Aérea dos Estados Unidos e amplia a frota de transporte aéreo tático do Egito.

Com essa aquisição, o Egito se junta a outros sete países da região que já operam o C-130J. A Força Aérea Egípcia já possui uma das maiores frotas de C-130H na região. Embora a compra do Hercules fosse dada como certa, o brasileiro C-390 Millennium havia demonstrado interesse em competir na disputa.

Por se tratar de um país estratégico para os interesses políticos de Washington, além de ser um importante mediador na região, havia grande interesse da venda dos C-130J para a força aérea do Egito.

"A aquisição reforça a parceria de longa data entre o Egito e os Estados Unidos, ampliando as capacidades da FAE para atuar tanto em nível local quanto internacional", disse Rod McLean, vice-presidente da Lockheed Martin.

Embora derivado de um projeto com 70 anos, o C-130J Super Hercules é conhecido por sua elevada versatilidade, sendo utilizado em diversas missões, como transporte de tropas e equipamentos, evacuação médica e operações de busca e resgate. O modelo lançado no final da década de 1990 recebeu uma série de melhorias nos últimos anos e oferece vantagens como alta confiabilidade e baixo custo de manutenção.

C-130J poderá se tornar autônomo

O Comando de Operações Especiais dos EUA (Ussocom, na sigla em inglês) planeja uma versão completamente autônoma do C-130J Hercules. Um contrato de US$ 105 milhões (R$ 585,2 milhões) foi formalizado com a desenvolvedora de tecnologia Merlin para pesquisa e desenvolvimento de recursos de voo autônomos.

Embora o contrato informe "capacidade de voo reduzida de tripulação", um dos requisitos é que essas aeronaves possam voar do início ao fim sem intervenção humana. Porém, essa versão não tem previsão de exportação.

Por Micael Rocha
Publicado em 06/09/2024, às 06h40


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