Boeing 737-800 ucraniano foi abatido após decolagem da capital Teerã, pedido judicial diz que Irã violou tratado internacional e falhou na investigação
Quatro países abriram um processo na mais alta corte das Organizações das Nações Unidas (ONU) contra o Irã, pela queda de um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines em 2020, que vitimou todos os 176 passageiros e tripulantes.
O processo formalizado pelo Canadá, Reino Unido, Suécia e Ucrânia, alega que o Irã violou uma série de obrigações que resultou na queda do Boeing 737 por militares do país. Os países também citam que Teerã falhou em conduzir uma investigação transparente.
No pedido conjunto, os países querem que a Corte Internacional de Justiça determine que o avião foi derrubado ilegalmente e ordena que Teerã peça desculpas e pague indenizações às famílias das vítimas do voo PS752.
A ação judicial cita a Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, tratado multilateral assinado em setembro de 1971.
As quatro nações abriram o processo na ONU depois que o Irã não respondeu a um pedido de arbitragem em dezembro do ano passado.
"A ação legal de hoje reflete nosso compromisso inabalável de alcançar transparência, justiça e responsabilidade para as famílias das vítimas", disseram os quatro países em um comunicado emitido em conjunto.
O Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines cumpria o voo PS752 entre Teerã e Kiev, no dia 8 de janeiro de 2020, quando foi atingido por um míssil terra-ar lançado pelas forças militares iranianas.
A bordo da aeronave matrícula UR-PSR havia 167 passageiros e nove tripulantes. Havia 55 cidadãos canadenses e 30 residentes permanentes no avião, além de cidadãos da Suécia, Ucrânia, Grã-Bretanha, Afeganistão e Irã.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 05/07/2023, às 15h20
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