Pandemia acelera o processo de aposentadoria da Rainha do Céus que realizou despedida dupla hoje
Qantas já havia doado, em 2015, um de seus 747-400 para um museu na cidade de Camberra
A presença histórica da Rainha dos Céus teve uma despedida dupla neste domingo (29), quando a australiana Qantas Airways e a holandesa KLM realizaram o último voo com o Boeing 747.
A retirada de serviço do eterno Jumbo já estava nos planos de ambas companhias, que vinham renovando suas frotas com aeronaves mais eficientes, como o Boeing 777 e 787. O avanço das restrições de deslocamentos internacionais e a drástica redução na demanda, em decorrência da pandemia do COVID-19, aceleraram o processo de aposentadoria do modelo. A expectativa era que ambas empresas realizassem em meados de dezembro o último voo com o 747.
A Qantas realizou o último voo com o icônico Boeing 747-400 (VH-OEE) vermelho e branco na rota Santiago – Sydney. Antes de chegar ao seu destino final, a aeronave fez um voo de baixa altitude (2.100 pés) sobre o também icônico porto de Sydney, aterrissando no seu destino final às 17:30 do horário local.
KLM foi uma das principais operadoras do Boeing 747 na Europa
Já o último voo com o 747-400 da KLM decolou da Cidade do México, com destino a Amsterdã, onde pousou após 9h50 de voo. O avião, matrícula PH-BFT, deverá agora ter seus principais sistemas retirados e posteriormente negociado com eventuais interessados no modelo, principalmente empresas aéreas cargueiras.
Alguns críticos apontam que a retirada de serviço dos 747 Combi, com capacidade de transportar passageiros e carga, da KLM ocorre em um momento de intensa procura por aeronaves com grande capacidade no transporte de cargas.
Ambas as companhias não decretaram se devem voar com os Boeing 747 em missões especiais de apoio a logística de combate ao coronavírus.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 29/03/2020, às 18h00 - Atualizado às 20h37
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