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O "pai" do A330

Primeiro voo do Airbus A310 completa 40 anos

Airbus A310 teve mais de 250 aeronaves fabricadas em 15 anos


Primeiro voo aconteceu em 3 de abril de 1982, quatro anos depois de seu lançamento - Airbus/Divulgação
Primeiro voo aconteceu em 3 de abril de 1982, quatro anos depois de seu lançamento - Airbus/Divulgação

No último domingo (3), o primeiro voo do Airbus A310 completou 40 anos. O modelo é uma aeronave de fuselagem larga (widebody) de médio ou longo alcance e menor que o A300, o primeiro bimotor da categoria.

Seu desenvolvimento começa com um memorando de entendimento assinado pelos governos do Reino Unido, da extinta Alemanha Ocidental e da França, em 1967, que abriu caminho para o desenvolvimento da aeronave com capacidade para receber até 300 passageiros.

Visando reduzir os custos de produção, o fabricante utilizou vários estudos antigos de design realizados durante seu programa, decidindo-se, posteriormente, na construção de uma família de aeronaves para diferentes necessidades do mercado, porém, com sensíveis diferenças entre si.

O lançamento do então A300B10, depois renomeado como A310, foi em 7 de julho de 1978. “Mostramos ao mundo que queríamos criar uma família de aviões. (...) e agora tínhamos dois aviões que tinham muito em comum no que diz respeito a sistemas e cockpits”, segundo o então engenheiro-chefe da divisão alemã da Airbus, Jean Roeder.

Dois modelos distintos estavam sendo planejados: um regional e um transcontinental. O A310-100 tinha um alcance de 2.000 milhas náuticas (3.700 km) com 200 passageiros, enquanto o A310-200 tinha um Mtow (peso máximo de decolagem) mais alto, permitindo que ele carregasse a mesma carga por mais 1.000 milhas náuticas (1.900 km).

Seu primeiro voo comercial aconteceu em 3 abril de 1982, seis meses depois do lançamento de seu principal concorrente: o Boeing 767-200. Mais de 255 aeronaves foram entregues ao longo de 15 anos. Em 1998, o A310 começou a ser substituído pelo A330.

No Brasil, a última companhia aérea a operar o modelo da família A300 foi a cargueira Sterna Linhas Aéreas. Porém, a sua saída de cena foi em uma forma melancólica. Em 21 de outubro de 2016, a única aeronave de sua frota, a de registro PR-STN, saiu da pista ao pousar no Recife (REC), após problemas hidráulicos terem comprometido o trem de pouso dianteiro.

Em outubro de 2021, foi divulgado o relatório final da ocorrência pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que citou “a cultura de transmitir algumas informações informalmente, por meio de mensagens em grupos de mídias sociais, sem anotações formais nos documentos pertinentes”, como um fator contributivo.

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Marcel Cardoso
Publicado em 04/04/2022, às 06h20


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