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Mais vítimas do coronavírus

Presidente da Boeing prevê quebra de empresas nos EUA

Executivo acredita que retomada do setor após a crise ocorrerá de forma lenta e gradual


Paralisação de grande parte da frota pode levar a série de falências no setor aéreo em todo o mundo

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou que possivelmente até o final do ano uma grande empresa aérea nos Estados Unidos deverá decretar falência. Ainda que a análise tenha sido genérica, apontando apenas a situação atual do setor, a fala aumentou ainda mais a incerteza sobre as companhias norte-americanas.

Em entrevista à rede de televisão NBC, Calhoun apresentou um cenário pouco positivo para o próximo semestre, que para muitos deverá ser de retomada. Na análise do executivo a até dezembro o setor aéreo não deverá atingir nem mesmo um quarto do tráfego existente em meados de janeiro. “Os níveis de tráfego não voltarão a 100%”, disse Calhoun. “Mem voltará aos 25%, talvez até o final do ano nos aproximemos de 50%. Portanto, definitivamente haverá ajustes que devem ser feitos por parte das companhias aéreas”.

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A percepção é similar da apresentada pelo CEO do Grupo IAG (que reúne a British Airways e Iberia), Willie Walsh que afirmou que a situação é bastante complexa e a demanda de voos só voltará aos níveis de 2019 em quatro ou cinco anos. A expectativa do executivo é que a demanda de voos não apresente crescimento relativo no período, apenas retomando números perdidos em 2020.

A previsão reflete os dados de uma pesquisa da Organização Mundial de Turismo (OMT) que mostra que 100% dos países com elevada demanda de turismo implementaram restrições de viagens, enquanto 72% fecharam completamente suas fronteiras. O estudo apontou que dos 217 países do mundo, 156 nações interromperam o completamente o fluxo de turismo internacional, enquanto até o momento nenhum governo suspendeu ou flexibilizou as restrições de viagem.

A maior parte dos países avalia como socorrer suas economias, inclusive o setor de aviação comercial, que está entre os mais afetados pela pandemia.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 12/05/2020, às 09h00 - Atualizado às 10h14


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