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Pode espionar ‘à vontade’


Em 1° de janeiro de 2002, entrou em vigor o Tratado de Céus Abertos (Treaty on Open Skies) entre 34 países, praticamente todos os membros da Otan e do Pacto de Varsóvia. O objetivo era permitir a vigilância mútua das atividades militares dos países membros do tratado. O conceito de vigilância conjunta foi inicialmente proposto em 1955, pelo então presidente dos Estados Unidos Dwight D. Eisenhower a seu par soviético Nikolai Bulganin. A intenção era controlar a escalada do que viria a ser a Guerra Fria. Na ocasião, os soviéticos rejeitaram a proposta, acusando os norte-americanos de tentar espionar suas atividades militares.

Com a iminência do fim da União Soviética, o ex-presidente George W. Bush retomou o projeto, que foi formalizado em março de 1992, passando a valer uma década mais tarde.

Atualmente, os EUA e a Rússia são os membros mais ativos do tratado. Os voos do Open Sky podem ser realizados dentro de algumas regras, como a clara identificação da aeronave envolvida, que deve ostentar as marcas do Open Sky na fuselagem. Além disso, a homologação da aeronave é feita em conjunto pelos países membros do acordo, visando, assim, evitar a espionagem fora dos termos. Os EUA utilizam três OC-135B Open Skies, um derivado do WC-135B, e os russos possuem um Tupolev Tu-214ON, enquanto os canadenses adaptaram um C-130 para a missão e os suecos um Saab 340. Os demais países do tratado em geral recebem informações dos países mais influentes de cada bloco, ou dividem a aeronave empregada nesse tipo de missão.

Por Edmundo Ubiratan e Ernesto Klotzel
Publicado em 01/08/2015, às 00h00


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