Regulador da aviação da Índia identificou 90 pilotos que fizeram treinamento em simulador do 737 MAX com defeito
Quase cem pilotos indianos foram afastados da operação regular após as autoridades constatarem que o treinamento ocorreu em um simulador do 737 MAX com defeito. A falha pode ter comprometivo o aprendizado em lidar com situações de emergências.
A Direção Geral de Aviação Civil da Índia (Dgca) afastou 90 pilotos da Spicejet, uma das maiores empresas aéreas da Índia, que não estavam aptos a pilotar o 737 MAX, da Boeing.
A determinação foi motivada por uma falha no simulador usado pelos profissionais onde o chamado 'stick shaker', que emite fortes vibrações e ruídos avisando os pilotos que a aeronave está próxima do estol, apresentava falhas graves.
Os pilotos terão de fazer o treinamento completo novamente e obter a certificação para poderem voltar a atuar. “No momento, impedimos esses pilotos de pilotar o 737 Max e eles precisam treinar novamente com sucesso para pilotá-lo. (...) Tomaremos medidas rigorosas contra os responsáveis pelo descaso”, segundo o chefe do regulador indiano, Arum Kumar, em entrevista a uma emissora de TV local.
A Spicejet é a única companhia aérea da Índia que possui o Boeing 737 MAX em sua frota, com treze aeronaves no total. Elas voltaram a operar comercialmente em agosto de 2021, mais de dois anos após terem sido proibidos de voar globalmente.
Os acidentes fatais envolvendo aviões da Lion Air e da Ethiopian Airlines, motivaram a suspensão dos voos com a frota mundial de 737 MAX até que medidas corretivas fossem adotadas pelo fabricante.
Marcel Cardoso
Publicado em 13/04/2022, às 08h30
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