Os exames de DNA são essenciais para identificar vítimas de acidente com o ATR 72-500 da Voepass
A identificação dos 62 corpos do acidente envolvendo um ATR 72-500 da Voepass, que aconteceu na última sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo, está sendo feita por exames de DNA.
O procedimento realizado pela perícia deve contar com a participação dos familiares das vítimas, apesar de ser bastante delicado para elas. Uma das primeiras tentativas de identificação, quando possível, é a realização do exame de necropapiloscopia, com a coleta das impressões digitais.
Caso contrário, é feito o exame odontolegal, onde são analisados e comparados os arcos dentários com a documentação de atendimentos clínicos odontológicos, tratamentos ortodônticos e até mesmo fotografias da vítima em vida apresentadas pela família. Os resultados desses exames saem, em média, entre 48 e 72 horas.
“A identificação de corpos em acidentes aéreos é sempre um desafio por conta da carbonização. Neste caso, serão necessários exames de DNA, além da reunião de outros elementos que ajudem na identificação, como exames de arcada dentária, ficha odontológica, fotografias que registrem o sorriso da pessoa, prontuários médicos, entre outros”, disse Caroline Daitx, ex-diretora científica da Associação de Médicos Legistas do Paraná.
As investigações das causas do acidente estão sendo realizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Um resultado preliminar está previsto para o início de setembro.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 13/08/2024, às 08h44
+lidas