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Parlamento suíço aprova compra de 36 caças F-35

Aprovação do parlamento suíço ocorre em meio ao referendo contrário a compra do F-35 ou qualquer novo caça


O F-35 venceu uma série de competições internacionais recentes, como na Finlândia e Canadá - Lockheed Martin
O F-35 venceu uma série de competições internacionais recentes, como na Finlândia e Canadá - Lockheed Martin

O parlamento suíço aprovou a compra de 36 caças F-35 Lightning II pela força aérea. O sinal verde ocorreu ontem (16), autorizando o governo prosseguir com a renovação da aviação de caça suíça, tema considerado fundamental para a proteção do país e ao mesmo tempo polêmico na sociedade.

A Suíça escolheu o moderno caça de quinta geração norte-americano em 2021, com intenção de substituir seus veteranos F/A-18 Hornet e F-5E que se aproximam do final da vida útil. A escolha do F-35 se deu pela capacidade de executar as funções dos atuais caças, além de ampliar as capacidades de defesa.

A aprovação do contrato de 5,5 bilhões de dólares ocorreu dentro do acordo inicialmente negociado entre a Lockheed Martin e o governo da Suíça, mas agora um referendo que será realizado mostra que possivelmente os cidadãos do país serão contrários a compra.

Um dos pontos levantados é o alto valor unitário e operacional do caça. Um abaixo-assinado popular, chamado de Stop F-35, foi criado para tentar barrar a chegada dos aviões de combate, que está sendo chamado entre diversos cidadãos suíços de “Ferrari Desnecessária”.

A votação popular já havia barrado a compra do Saab Gripen, em um referendo realizado em 2014 e que a proposta de compra foi amplamente rejeitada.

Na ocasião da escolha a força aérea suíça afirmou que o F-35 apresentava os melhores custos e capacidades, frente aos rivais da concorrência, que incluia o Eurofighter Typhoon, Dassault Rafale o Boeing F/A-18 Super Hornet. Embora o Saab Gripen E estivesse inicialmente na competição, ele foi desclassificado por não poder ser entregue nos prazos exigidos pela força aérea.

Um eventual impedimento da compra deixará a força aérea da Suíça com capacidades de defesa limitadas.

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Por André Magalhães
Publicado em 16/09/2022, às 09h00


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