Diversos países mantêm uma rede de aeródromos na Antártica, o que permite operar ao longo de todo o ano no Polo Sul
Ficaram no passado os tempos em que expedições transportadas em trenós tentavam atravessar as imensidões de gelo e neve para alcançar o Polo Sul. Hoje, dezenas de países mantêm bases de pesquisa na Antártida e algumas ficam operacionais durante o ano todo, com equipes reduzidas durante a longa noite do inverno.
Nos meses de verão – normalmente de outubro a fevereiro –, bases sazonais são reativadas e centenas de visitantes aproveitam as temperaturas mais amenas e as 24 horas de luz para fazer pesquisas, construir novas estruturas ou apenas conhecer e fotografar a última fronteira da Terra.
A partir dos anos 1950, os aviões ganharam papel fundamental nessa tarefa. A maioria das bases conta, ao menos, com um campo nevado provisório onde pequenas aeronaves capazes de operar curto – as chamadas STOL (Short Takeoff and Landing) – conseguem pousar equipadas com esquis. Instalações maiores dispõem de aeroportos com pistas extensas (de gelo firme, cascalho ou neve compactada), sistemas de pouso por instrumentos, torres de controle e hangares, onde operam até aviões de passageiros e grandes cargueiros a jato.
A aeroportos de portes grande e pequeno, e também algumas bases que contam com pistas permanentes ao longo de todo o ano. Ainda que alguns permaneçam com pessoal o ano todo, a grande maioria dos voos é feita apenas nos meses de verão, quando bases sazonais oferecem uma rede de suporte e reabastecimento.
Durante a escuridão do inverno, as temperaturas podem cair abaixo dos 50 graus Celsius negativos e os voos se limitam a abastecimentos de emergência e missões de evacuação médica (resgate aeromédico).
* Texto publicado originalmente na AERO Magazine 316,
e republicado após atualização
Por André Borges Lopes
Publicado em 13/04/2023, às 16h00
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