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O retorno da Andes Líneas Aéreas aos céus

A Andes Líneas Aéreas estava inativa desde fevereiro de 2020 e espera voltar aos céus em 60 dias


A Andes suspendeu as operações em 2020 e agora volta a operar no mercado de fretamento - AERO Magazine/Martín Romero
A Andes suspendeu as operações em 2020 e agora volta a operar no mercado de fretamento - AERO Magazine/Martín Romero

Na última quinta-feira (20), o primeiro Boeing 737-800 alugado pela Andes Líneas Aéreas chegou ao aeroporto internacional Ministro Pistarini (EZE). A aeronave foi entregue em Shannon (SNN) e depois de fazer duas paradas em Gander (YQX) e Tocumen (PTY), ela chegou a Buenos Aires.

A Andes Líneas Aéreas começou a operar em 2006 com aeronaves CRJ-900. Sua base principal e hangar estão localizadas na cidade de Salta, mas suas principais operações tiveram como início e fim o aeroporto Jorge Newbery (AEP).

O novo projeto da empresa visa servir como uma transportadora para a operadora de turismo estudantil Travel Rock, com a qual manteve um contrato de transporte para seus produtos estudantis por muitos anos. A possibilidade de reoperação para ex-clientes não está descartada.

O plano inclui a adição de uma segunda aeronave nos próximos meses e um terceiro 737 que pode chegar em 2023.

História dos Andes

Com o passar dos anos, a empresa começou a se expandir no mercado de fretamento, incorporando o McDonnell Douglas MD-80, principalmente ex-Aerolíneas Argentinas/Austral. Com essas aeronaves ele fez ao longo de sua história voos para times de futebol, operadores turísticos por atacado e empresas de viagens estudantis.

Também operava a rota Salta (SLA)-Aeroparque (AEP)-Puerto Madryn (PMY), que mantinha quase exclusivamente.

MD-83 da Andes
MD-83 de Andes operando a rota Santa Fe-Bariloche para Travel Rock - Foto: AERO Magazine/Martín Romero.


Em 2016, com a chegada da chamada "revolução aérea" promovida pelo governo de Mauricio Macri, a empresa adquiriu quatro Boeing 737-800 que se juntariam aos McDonnell Douglas. Com essas aeronaves, ela expandiu seus serviços para os principais pontos turísticos do país, como Mendoza, Iguazú e Córdoba, além de voos fretados de Ezeiza e Córdoba para Punta Cana no Caribe e Porto Seguro, Florianópolis, Cabo Frio e Salvador no Brasil, Porlamar na Venezuela, e outros destinos de verão.

Em 2018, a empresa começou a sofrer os efeitos da escalada do dólar na Argentina e que se refletiu nos valores dos arrendamentos da aeronave, que estavam desatualizados em relação às novas cotações. Então ele gradualmente começou a retornar com o 737.

O golpe final veio em 2020, quando as restrições impostas diante do surto da pandemia covid-19 forçaram a empresa a suspender suas operações sem voar desde então.

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Por Martín Romero
Publicado em 21/10/2022, às 22h06


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