Para onde e quando quiser

O passageiro que pagou R$ 1 milhão para viajar pelo resto da vida

Nos anos 1990 Tom Stucker pagou o equivalente a US$ 290 mil por um passe na United Airlines que o permite voar pelo resto da vida

Em 2019, Tom Stucker fez mais de 370 voos avaliados em quase R$ 12 milhões - United Airlines/Divulgação

Em 1990, a United Airlines vendeu uma passagem que muitos desejavam comprar, mas que pouquíssimos poderiam pagar: um passe vitalício para voos da companhia aérea, que incluia sua malha nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Tom Stucker, um norte-americano de New Jersey, pagou US$ 290 mil (R$ 1,38 milhão) para isso. Segundo o jornal Washington Post, nos últimos 33 anos, ele voou quase 37 milhões de quilômetros (23 milhões de milhas). Só em 2019, foram 373 voos que, se comprados separadamente, exigiriam um desembolso de US$ 2,44 milhões (R$ 11,7 milhões).

The Passenger that flew the most-In 1990,Tom Stuker bought a United Airlines lifetime pass. He has since flown a record 23 million miles and redeemed countless miles for lavish hotel suites, cruises and gourmet meals, calls the purchase the 'best investment' of his life.#travel pic.twitter.com/MgpzQxhQSW
— FL360aero (@fl360aero) June 26, 2023

Voar à vontade não foi o único benefício obtido por Stucker, que também acumulou milhas em programas de fidelidade. Segundo o site Simple Flying, foram 10 milhões no último ano antes da pandemia de covid-19, o que foi o suficiente para poder se hospedar nos melhores hotéis e comer nos melhores restaurantes do mundo, através de permutas com empresas parceiras.

Foi por meio de uma delas que ele trocou parte das milhas por vales-presente para adquirir materiais de construção para reformar a casa do irmão e até mesmo participar de um episódio dos seriados mais famosos da década de 1990.

Em entrevista ao site britânico GQ Magazine, em 2020, Tom Stucker disse: “Seria muito mais relevante se eu estivesse voando em um jato particular. Essas são as pessoas que podem ajudar o meio ambiente muito mais do que eu se voassem comercialmente", se referindo aos bilionários proprietários de aviões executivos.

Além do passe vitalício, Stuker já viajava desde o início da década de 1980 pela United Airlines, e entre outros privilégios únicos, teve o seu nome pintado um dos Boeing 747-400 da companhia.